Ponto prévio. Comparar o Arouca ao V. Guimarães do ponto de vista da tradição dos dois emblemas no patamar maior do futebol português é comparar o incomparável. A ideia é de Pedro Emanuel, esta quinta-feira, no lançamento do jogo com os minhotos, e qualquer pessoa de perfeito juízo terá de concordar com o jovem técnico.
 
«Sabemos que o nosso objetivo passa pela afirmação em termos de estatuto de I Liga e não nos podemos comparar [nesse aspeto] ao Vitória, que tem 60 ou 70 anos de história no escalão principal. O resto tem a ver com o trabalho desenvolvido por um treinador [Rui Vitória] a quem deve dar-se o mérito pelo que tem vindo a fazer pelo clube», defendeu Pedro Emanuel, na habitual conferência de Imprensa semanal:
 
«Sabemos que teremos pela frente um adversário difícil, com este tal estatuto que nos vai estimular. Respeitamo-lo, sabendo o bom momento que atravessa, como sabemos o que podemos fazer no jogo para surpreender um adversário que é forte, está moralizado, e tem mérito no trabalho desenvolvido.»
 
E o que deve o Arouca fazer?
 
«Interpretar o jogo com a mesma alegria, disponibilidade, grande rigor e grande vontade de ganhar todos os duelos, demonstrando que está pronto para a luta. Se estivemos concentrados, se formos fortes nos duelos, e disputarmos cada lance como se fosse o último, e até ao último minuto... de certeza absoluta que iremos conquistar pontos.»
 
O treinador arouquense retira, todavia, qualquer dramatismo à partida. «Vida ou morte? Não o é para o Vitória, muito menos para o Arouca. Vão encontrar-se duas equipas que estão, claramente, em ascendente. Fizemos um excelente jogo em Barcelos e, tal como disse ontem o Ivan, somos uma equipa que se sente confiante, que vê o trabalho a dar resultados, e, por isso mesmo, tem a ambição de traduzir isso em pontos», reconheceu.