Silas foi apresentado esta sexta-feira como novo treinador do Belenenses, sucedendo a Domingos Paciência. Será a primeira experiência como técnico do antigo jogador, mas nem por isso se sente menos preparado.

«É verdade que é a primeira experiência da carreira como treinador, mas não podemos pensar que uma pessoa que teve 22 anos de carreira como futebolista, onze deles como capitão, é inexperiente. Passei por situações muito mais difíceis que o Belenenses e acabei sempre por resolver», afirmou Silas, em conferência de imprensa.

O novo líder da equipa do Restelo diz que sabe perfeitamente «o tamanho do desafio» que tem pela frente. «Cresci a ver um Belenenses importante, sempre sonhei jogar aqui e depois de jogar, sempre pensei que um dia treinaria o Belenenses. Não pensei que seria tão rápido, mas sabia que mais cedo ou mais tarde acabaria por treinar», comenta.

O objetivo passa por devolver aos adeptos o orgulho na equipa. «Há pouco tempo vim ver um jogo, cheguei em cima da hora e tinha espaço para estacionar à porta. No meu tempo isto era impossível. A imagem que tenho do Belenenses é uma final da Taça no Jamor, contra o Sporting, em que as bancadas estavam metade/metade. Queremos trazer as pessoas e que se sintam orgulhosas de ser Belenenses», comentou.

Silas falou de reforços, admitindo que poderá chegar mais uma ou outra opção, mas salientando que o grupo que existe neste momento «está à altura» da missão. E essa, de início, não se adivinha fácil: o Belenenses vai jogar ao Funchal, frente ao Marítimo, e depois recebe o Benfica.

Nada que assuste Silas: «Na minha carreira como jogador marquei a todos os grandes menos a um: o Belenenses. Não tenho medo de nenhum desafio. Respeito o Marítimo, respeito o Benfica, mas preocupa-me qb, porque tenho de os analisar. São desafios que temos de encarar, porque temos de jogar contra todos.»

Por fim, Silas comentou ainda o diferendo entre o clube e a SAD, manifestando vontade de ajudar a que as coisas se resolvem, até porque, acima de tudo, coloca o símbolo do clube.

«Quando vim para o Belenenses, nunca pensei como SAD e clube. Olho para o emblema. Cresci a aprender a admirar um emblema. Se puder ser um elemento que possa juntar as partes, melhor. Mas eu penso é no Belenenses. Está completamente fora de questão eu querer dar uma oportunidade a um júnior e não poder usar. Não me cabe na cabeça. É importante que nos consigamos entender», defendeu.

Na equipa técnica de Silas estará outro ex-jogador da casa, Zé Pedro. Os outros elementos são Pedro Luciano (adjunto), Ricardo Dinis (preparador físico), Rui Nunes (análise de adversários) e Márcio Santos (treinador de guarda-redes).