Daniel Ramos lembra-se bem da única vez que defrontou o Benfica. «Foi pelo Moreirense, da II Divisão B, na época 2007/08, salvo o erro, na Luz. Era treinador o Camacho e ficou 2-0. Golos do Rui Costa aos 70 minutos e de Makukula, aos 90», atirou, de memória, logo no início da conferência de Imprensa de lançamento do jogo desta sexta-feira, igualmente para a Taça de Portugal.

«Significa um momento importante para mim e para os jogadores. É sempre um marco e uma hipótese de mostrar a qualidade do plantel, perante uma grande equipa mundial. Para muitos dos atletas, será a primeira vez que defrontam o Benfica e, por isso, será uma oportunidade boa, esperamos tirar proveito dela e desfrutar do jogo», complementa o treinador da Naval.

Os encarnados poderão proporcionar uma boa receita mas, desportivamente, não podia ser pior adversário: «É nosso objectivo chegar o mais longe possível, sabendo que o grau de dificuldade é elevadíssimo. Facto de ser uma das duas equipas europeias que ainda não perdeu diz bem da dificuldade. Vamos, com as armas que temos, tentar estar ao melhor nível e dificultar ao máximo.»

O técnico revela até que estabeleceu duas metas internamente para este encontro: «Darmos o máximo e sairmos satisfeitos com o nosso desempenho e, um segundo, que é muito mais difícil: passar a eliminatória. Não depende só de nós mas ninguém nos pode tirar a ambição de fazer o nosso melhor jogo, complicar e sermos felizes.»

Esperar um dia mau do Benfica

As ausências do Benfica e a possível rotação promovida por Jorge Jesus na prova não iludem o treinador navalista. «Eu acho que não os enfraquece mas espero que sim. Qualquer jogador menos utilizado do Benfica joga na maioria das equipas da Liga. Espero que esteja num dia mau dia, seja qual for o onze, e nós bem para equilibrarmos o jogo. Não é desejar mal ao Benfica, mas esperamos estar bem, anular os pontos fortes deles, e aproveitar um ou outro aspecto.»

Em matéria de ausências, o jovem técnico lembrou ainda que tem três atletas castigados, outros tantos lesionados e mais dois em dúvida, entre eles, Edivaldo, em transito a desde a América do Sul, onde esteve ao serviço da selecção da Bolívia. «Terei que falar com ele, para ver se se sente capaz de nos ajudar. Ainda assim, acredito nos que vão para jogo, porque vão dar o seu melhor», afiança.

«É muito diferente o Benfica perder seis ou sete jogadores comparando com a mesma situação na Naval», sublinha, deixando ainda alguns reparos à arbitragem do jogo para a Taça da Liga, em Setúbal: «Fomos prejudicados e de forma continuada porque nos tiraram três jogadores e isto não pára aqui. A seguir, temos o Belenenses.»

Para os que vão a jogo, como disse, fica uma mensagem de confiança: «Sejam o que foram nos últimos jogos. Vimos de boas exibições se conseguirmos repeti-las, podemos disputar o jogo. Vou dizer-lhes que continuem fazer o que tem feito até agora: uma equipa com crença, que trabalha bem no jogo, e terá defender muito bem e ser eficaz nas oportunidades que tiver.»

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