Na altura em que Dunga anunciava a sua primeira lista de convocados para a seleção brasileira, Danilo e Alex Sandro, defesas do FC Porto chamados, estavam a dormir a sesta num hotel de Lille, onde a equipa portista está instalada para o jogo da primeira mão do play-off da Liga dos Campeões.

«Na hora da convocatória estávamos a dormir. Tínhamos assistido a um vídeo, íamos assistir a outro no meio da tarde e tivemos esse intervalo ali na hora do almoço. Aproveitamos para dar uma cochilada. Até porque há muito tempo que não éramos convocados e estavámos um pouco desligados da Seleção, então foi uma surpresa», disse Danilo, em entrevista ao GloboEsporte.com.

«O meu empresário ligou e avisou que eu tinha sido convocado e foi aí que eu fui abrir o notebook e dei a notícia para o Alex Sandro, ele também não sabia. Ficou feliz, ligou logo para a família e eu liguei para a minha namorada. Ela fica sempre mais ansiosa do que eu pelas convocatórias e, esta vez, ela nem estava atenta. Foi uma surpresa geral», revelou Danilo.

«Estou ansioso, tenho boas expetativas por esse reencontro», afirmou o lateral, que não esquece, contudo, os dois anos em que esteve afastado do Escrete. «Acho que a primeira troca de treinador (Mano Menezes para Felipão) me atrapalhou. O Felipão optou por jogadores mais experientes, era a convicção dele. Também tive uma lesão grave na primeira temporada no Porto, não me adaptei logo ao futebol europeu. Tive dificuldades táticas e sabia que precisava de evoluir muito para ser um bom lateral. Estou melhor agora, mas não vejo isso como um período de retrocesso, foi um tempo bom para aprender», frisou.

«Toda a gente sabe a concorrência que existe na seleção brasileira e a pressão é a uma coisa natural, a todo o momento o jogador tem de estar a provar alguma coisa. É mesmo assim, mas eu não tenho de fazer nada de especial ou de diferente. Claro, disputar todas as bolas com garra, mas só penso em chegar com tranquilidade e fazer o que venho fazendo aqui no Porto».