O Vitória de Guimarães-Paços de Ferreira de domingo entrará na história da Liga 2012/13. Os adeptos ficarão privados das emoções do encontro, na sequência do castigo aplicado ao emblema minhoto.

O jogo à porta fechada não se fica por aí. Lendo o Regulamento Discipinar da Liga, no ponto 4 do artigo 46º, percebe-se que é proibida a transmissão televisiva e radiofónica.

«4. É proibida a transmissão radiofónica e televisiva em direto ou em deferido dos jogos referidos neste artigo.»

Não se vê ao vivo, nem pela televisão, nem sequer se ouve. É uma privação tremenda. Um castigo para os adeptos do Vitória, sem dúvida, mas também para os pacenses, sem qualquer responsabilidade na matéria.

«É uma experiência diferente, que não é boa nem para o futebol nem para os clubes em termos financeiros», diz Marco Matias, e bem.

O castigo, justificado ou não, afasta os adeptos de coisas como esta: no Inter Milão-F.C. Porto de 2005/06, para a Liga dos Campeões, o jogo também foi realizado à porta fechada. Hugo Almeida marcou o melhor golo da sua carreira (e um dos melhores da competição) perante bancadas despidas.

O meu colega João Tiago Figueiredo recordou esse momento quando se falou no V. Guimarães-P. Ferreira. Com pertinência. Nessa altura, houve trasmissão televisiva em direto e as portas abriram-se para convidados. Poucos, é certo, mas fizeram-se ouvir. Agora, será diferente. O futebol fica a perder.