Luís Duque.

Deixo ficar o nome assim, num parágrafo, para que tenha a evidência necessária.

Percebemos esta segunda-feira que Luís Duque vai tentar voltar a ser dirigente de futebol. Pelo que se percebeu, parece que lhe pediram muito, muitas pessoas.

Licenciado em Direito, a vida profissional de Luís Duque tem sido passada entre a advocacia, a administração de empresas, a política e o futebol. Para um candidato a presidente da Liga de Clubes este currículo é perfeito.

Duque assumiu a presidência da Associação de Futebol de Lisboa na década de 90, depois de ter estado com Krus Abecasis na Câmara Municipal de Lisboa, de quem foi adjunto. Portanto, está no futebol há duas décadas, com intervalos pelo meio.

Em 1998 foi candidato à Federação, mas perdeu para Madail. Ninguém sabe como teria sido. Mas não custa adivinhar que não teria ficado tantos anos no cargo.

Uns tempos depois entrou no Sporting. Saiu. Voltou a entrar. Saiu outra vez. Agora é alvo de um processo do clube do coração, que já disse o que pensava em comunicado.

Uma rápida pesquisa online devolve dezenas de notícias sobre Duque. Discussões, casos, ameaças de demissão, demissões de facto. E regressos, mais ameaças de regresso. Jantares, almoços.

O traço fundamental de Luís Duque é estar sempre de saída. Ou parecer que sim.  Deve ser por isso que tantos dirigentes de clubes manifestaram a sua confiança em Duque. No fundo querem que ele entre, faça a alteração estatutária (seja lá o que isso for...) e vá à sua vida.

Uma coisa boa: os dirigentes já abandonaram as reuniões em bombas de gasolina e regressaram aos almoços como motor da mudança necessária. Um dia destes estão de volta à sede da Liga.

[artigo original: 23h11]