O extremo português chegou à Ucrânia há um ano e acompanhou o escalar da instabilidade política no país, com Kiev, a Crimeia e agora Donetsk como principais palcos. «Felizmente ainda não se passou nada na cidade onde estou. É uma cidade tranquila», contou o jogador que vive em Dnipropetrovsk, a 470 quilómetros de Kiev, 250 de Donetsk, e 500 da Crimeia.
Apesar da distância que o separa dos principais focos de instabilidade, Bruno Gama confessou que há momentos mais complicados, mas, para já, não põe a hipótese de vir embora. «Há sempre o receio de que possa chegar até nós. Há algumas alturas, como agora, com esta tragédia do avião, em que começamos a pensar na situação, a ponderar, mas depois, com a cabeça fria, pensamos melhor. Há um contrato a cumprir e nós estamos numa zona sossegada», frisou.
Questionado sobre o facto de jogadores estrangeiros do Shakhtar Donetsk e do Metalist Kharkiv terem recusado regressar à Ucrânia, após um encontro de preparação Bruno Gama admite que é uma situação difícil. «Isto não é habitual no futebol e por isso tem-se falado muito. A situação em Donetsk está complicada há algum tempo e é normal que não sintam muitas condições de segurança. Mas eles têm um contrato a cumprir e penso que o clube está a tentar garantir-lhes condições de segurança», afirmou o jogador. E de facto o clube vai passar a jogar os encontros nacionais e da Liga dos Campeões em Lviv e continuar a treinar na capital, em Kiev.
Jogadores do Shakhtar e do Metalist dizem que têm medo
Seria precisamente em Donetsk que o Dnipro iria jogar esta sexta-feira, mas, por questões de segurança, a partida foi alterada para Lviv, no norte do país, onde Bruno Gama já estava quando falou com o Maisfutebol. «Não queríamos jogar em Donestk porque não há segurança, mas os jogos marcados para cidades complicadas foram alterados». Foi o caso do jogo da supertaça, entre Dínamo de Kiev, de Miguel Veloso, e o Shaktar Donetsk, de quarta-feira, que se disputou em Lviv também.
Seria precisamente em Donetsk que o Dnipro iria jogar esta sexta-feira, mas, por questões de segurança, a partida foi alterada para Lviv, no norte do país, onde Bruno Gama já estava quando falou com o Maisfutebol. «Não queríamos jogar em Donestk porque não há segurança, mas os jogos marcados para cidades complicadas foram alterados». Foi o caso do jogo da supertaça, entre Dínamo de Kiev, de Miguel Veloso, e o Shaktar Donetsk, de quarta-feira, que se disputou em Lviv também.