* enviado-especial à Suécia

O Rio Ave vive hoje um dos momentos mais altos da sua história, ao disputar o play-off de acesso à Liga Europa.

A partir das 18h de Lisboa, 19h locais, a equipa vila-condense inicia uma disputa a duas mãos com o Elfsborg, clube de Boras, na Suécia, que poderá valer uma vaga na fase de grupos da prova europeia.

Depois da eliminação do Gotemburgo na terceira pré-eliminatória, a fase de grupos está aí a bater à porta. Feito isolado, fruto de época anormalmente boa com a presença em três finais, ou algo para ter repetição?

«Tenho as minhas dúvidas que seja algo repetível, pelo menos com frequência. É preciso ter a noção da realidade deste clube», admite Paulo de Carvalho, antigo presidente do Rio Ave, em conversa com o Maisfutebol.

Para além das limitações de dimensão sócio-económica, Paulo de Carvalho vê um caminho longo de crescimento vagaroso, mas que terá que ser sustentado: «Isto tem que ser feito de degrau em degrau. Temos que gerir orçamentos sabendo das nossas limitações, mas tentando produzir receitas extraordinárias. E elas têm que vir das transferências dos jogadores. Normalmente vêm daí». 


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Em altura em que muito se discute «a formação», Paulo de Carvalho aponta: «Um clube como o Rio Ave tem que tirar proveitos desse trabalho. É muito bonito dizer-se que se aposta na formação para tirar os miúdos da rua, encaminhá-los… Muito bem. Mas os clubes têm que conseguir tirar rentabilidade disso. Quando os miúdos chegam aos 17 anos, diria que será fundamental que se consiga aproveitar pelo menos dois por ano para a equipa profissional. A formação tem que ter um destino, um objetivo. Não é um trabalho que valha por si só».

Deste modo, Paulo de Carvalho aponta: «Um clube como o Rio Ave, para continuar a crescer, tem que conseguir rentabilizar os seus ativos e estes devem partir da formação.»