Veja mais curiosidades e estatísticas registadas pela OPTA na nossa secção dedicada ao Euro 2016
1- O empate entre Inglaterra e Eslováquia, nesta terça-feira, foi o quarto nulo deste Europeu, depois de Alemanha-Polónia, Portugal-Áustria e França-Suíça. Com 51 golos em 28 jogos (média de 1,82 por jogo) esta é a fase final menos produtiva na história dos Campeonatos da Europa. Com mais de meio caminho já percorrido, começa a haver pouca margem para inverter à tendência, embora pelo menos os registos de 1980 (1,93 por jogo) e 1996 (2,06 por jogo) possam ainda ser melhorados. Numa altura em que já todas as equipas fizeram pelo menos dois jogos, há ainda três (Turquia, Ucrânia e Áustria) sem qualquer golo marcado.
Média de golos em fases finais de Europeus*
2012 (16): 2,45
2008 (16): 2,48
2004 (16): 2,48
2000 (16): 2,74
1996 (16): 2,06
1992 (8): 2,13
1988 (8): 2,27
1984 (8): 2,73
1980 (8): 1,93
* Desde que há fases finais com pelo menos oito equipas.
2- Além de poucos golos, este Europeu continua a caracterizar-se pela sua chegada tardia. Até agora, dos 51, apenas um terço (17) foi marcado antes do intervalo, e somente seis na primeira meia hora. Dos 34 golos marcados na segunda parte, 16 vieram no último quarto de hora, descontos incluídos. A exceção a esta regra é o País de Gales que, além de ter, para já, o melhor ataque da prova (seis golos) marcou quatro vezes antes do intervalo. Já a França está no polo oposto: marcou os seus quatro golos na segunda parte, e três deles já depois do minuto 85.
Distribuição de golos por tempo:
1ª parte (17)
1-15 minutos: (3)
16-30: (3)
31-45: (11)
45+: 0
2ª parte (34)
46-60: (10)
61-75: (8)
76-90: (10)
90+: (6)
3- Ainda continuando a olhar para os golos, registo para os 12 apontados de cabeça (23,5% do total se excluirmos os dois) e, principalmente, para os 15 resultantes de situações de bola parada, quase um terço do total. Destes, 4 resultaram de penaltis (Ronaldo foi o único a falhar, até agora), 3 de livres diretos (dois de Bale e um de Dier), e 4 de cantos, sendo os restantes de livre indireto (3) ou a partir de lançamento lateral (2). Para concluir este capítulo, referência para os 11 golos marcados por suplentes (22%) e para o escasso número de golos apontados por defesas (5), contra 19 dos médios e quase metade (25) de avançados.
Tipo de golo:
Pé: 37
Cabeça: 12
Autogolo: 2
Bola corrida (36)
Pé: 26
Cabeça: 8
PB: 2
Bola parada (15)
Pé: 11
Cabeça: 4
- LD: 3
- LI: 2
- CN: 4
- Pen: 4
- LL: 2
Golos de suplentes: 11 (21,5%)
Golos por setor:
Defesas: 5
Médios: 19
Avançados: 24
PB: 2
4- Numa competição em que ainda nenhuma equipa conseguiu marcar mais de três golos num jogo (e só Espanha, Gales e Bélgica atingiram esse patamar) e em que se registou apenas uma reviravolta (Inglaterra sobre o País de Gales) uma das tendências deste Campeonato da Europa tem sido o desrespeito pelos rankings. Dos 28 jogos já cumpridos, dez terminaram com empate. Mas nos 18 em que houve vencedor, a equipa com melhor cotação no ranking só venceu 11. Por sete vezes houve inversão de favoritismo, com destaque para a vitória da Albânia (42º) sobre a Roménia (22º), neste domingo, que marcou a maior diferença de patamar numa vitória em jogos de fases finais de Euros.
Fintas ao ranking:
Albânia-Roménia (20 posições)
Itália-Bélgica (10 posições)
Hungria-Áustria (10 posições)
Croácia-Turquia, 1-0 (9 posições)
Irlanda do Norte-Ucrânia, 2-0 (6 posições)
Gales-Eslováquia, 2-1 (2 posições)
Polónia-Irlanda do Norte, 1-0 (2 posições)
5- Além de valer o primeiro lugar no grupo B, o sucesso galês diante da Rússia permitiu aos homens de Chris Coleman a liderança em vários dos rankings deste Europeu, desde logo, o de seleção com mais golos marcados. Mas também em teros individuais passou a haver líderes galeses, mesmo que à condição, já que a terceira jornada ainda está em curso. Assim, Gareth Bale tornou-se o primeiro jogador a marcar três golos, tendo faturado em todos os encontros desta fase, e Aaron Ramsey tornou-se também o primeiro jogador a somar duas assistências no torneio. Bale é também o jogador com mais remates efetuados (15). Outra das figuras desta primeira fase, o francês, Dimitri Payet, é o jogador do Euro com maior número de ocasiões criadas (14).
6- Coletivamente, Portugal continua a ser a equipa mais rematadora do Euro: 49 em dois jogos, média de 24,5 por partida. Logo a seguir vem a Inglaterra, que já jogou três vezes (e tem 21,3 remates por jogo). Infelizmente, a seleção portuguesa ocupa o lugar oposto na tabela de eficácia de remate: excluindo Turquia, Ucrânia e Áustria, as três equipas que ainda não marcaram qualquer golo, Portugal tem uma taxa de conversão de apenas 3%, considerando os remates que não são bloqueados por defesas. No extremo oposto desta tabela de eficácia estão Islândia, Rep. Checa (25% cada) e Itália (20%).