O 12º Mundial de Clubes começa nesta manhã, pelas 10h30, em Yokohama, Japão. É um dos três torneios intercontinentais que existe no cenário FIFA e junta os campeões das várias zonas do globo mais um representante do país anfitrião. Desde que foi criado, o domínio tem sido europeu e isso chegou para o Velho Continente reclamar supremacia na história do futebol mundial.

Kashima Antlers, Auckland City, Jeonbuk Hyundai, Club América, Mamelodi Sundowns, Atlético Nacional e Real Madrid são os participantes deste ano. Os primeiros são convidados como representante do país organizador da prova (venceram o título japonês), os outros são os campeões de Oceânia, Ásia, América do Norte e Central, África, América do Sul e Europa.

Ora, entre o Campeonato do Mundo e a Taça das Confederações, esta prova é aquela que suscita menos entusiasmo. É também a mais exótica.

Este é o último pontapé da História na Taça Intercontinental

Basta olhar os nomes dos clubes que entram nestes torneios para percebê-lo. Depois, há a questão do formato, consequência direta do desnivelamento das equipas. Tudo está feito para potenciar uma final entre sul-americanos e europeus. O peso histórico da Conmebol e da UEFA assim o dita, pois são eles que desde os primeiros mundiais e taças intercontinentais lutam pela supremacia no planeta: apenas o México conseguiu um título nas Confederações, para a Concacaf.

Estava a ganhar a América do Sul, até que chegou o Mundial de Clubes.

A Taça Intercontinental abriu o caminho: o vencedor da Copa Libertadores de América frente ao campeão europeu. Foram 43 edições assim disputadas com 22 troféus para o Atlântico Sul, 21 para o lado de cá e mais a norte. Começou em 1960 com uma conquista do Real Madrid, passou a ter denominação de uma marca automóvel em 1980, e terminou em 2004 com um triunfo portista. Pedro Emanuel foi o último jogador a marcar na Taça Intercontinental.

Curiosamente, onde acabou uma não começou a outra. A prova que esta manhã arranca teve um torneio em 2000, no Brasil, de modo experimental. A FIFA reconhece-o, porém. Esse venceu-o o Corinthians, que repetiu o feito em 2012. Foi a última equipa sul-americana a vencer, já agora.

De resto, o Mundial de Clubes permitiu à Europa ultrapassar os troféus da América do Sul, porque decorre todos os anos. O Brasil foi vencendo as Taças das Confederações (e a predecessora: a King Fahd Cup teve duas edições a segunda ganha pela Dinamarca), mas o Velho Continente bateu o pé no Mundial e, agora, têm uma vantagem de três títulos.

A FIFA deu dois nomes à prova que teve estes vencedores

Curiosamente, numa rivalidade bem mais acesa do que esta da supremacia pelo planeta do futebol, o Brasil passou a ser o país com mais títulos (10) internacionais de clubes graças a esta prova: ultrapassou a Argentina (9), cujas equipas só venceram na Intercontinental. A Itália tem agora o mesmo número e a Espanha, com o Real Madrid favorito nesta edição, pode chegar também ao nono troféu.

A EDIÇÃO DE 2016