Uma jaula circular de seis metros de diâmetro, uma bola e dois jogadores lá dentro durante três minutos. Música com o volume no máximo e um circuito interno de vídeo para ver os golos ao pormenor. Quem marcar mais neste «um contra um» ganha. Este é o conceito do «Panna KO», um jogo de «futebol» muito especial; até porque tudo pode ficar decido num segundo: basta passar a bola por baixo das pernas do adversário (fazer o «panna») e está encontrado o vencedor.
Assim esteva decorado um dos armazéns junto à Doca de Alcântara, em Lisboa, onde dezenas de jovens se enfrentaram, quais boxeurs do pontapé na bola; neste caso, da finta e do «rodriguinho». Entre eles e os vários duelos promovidos por uma marca de material desportivo, dois sobressaíram para o principal «combate» da noite: Figo e Carlos Alberto.
Uma espécie de Portugal-Brasil equipado a rigor «estilo underground», como foi descrito pelo promotor, que colocou o português do Real Madrid e o brasileiro do F.C. Porto frente-a-frente na «arena». Não foram três, mas apenas dois os minutos disputados, houve algumas fintas, mas nenhum «panna» que tornasse o «combate» ainda mais curto. O resultado, esse, foi favorável ao «canarinho», por 4-2.
Diz um dos ditados propícios a estes eventos que «o resultado é o menos importante» e talvez por isso tanto Figo como Carlos Alberto tenham tido direito a um «rap» final que não deixou qualquer um deles de fora. «O importante é [mesmo] participar», mesmo que, às vezes deixe algumas marcas. Uma queda mais aparatosa e uma indisposição entre os «participantes anónimos» não faltaram para mostrar que os serviços de prevenção estavam lá para o que fosse preciso.