O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol condenou Mário Figueiredo, ex-presidente da Liga, a multa e 15 meses de suspensão do exercício da atividade no âmbito de um processo disciplinar instaurado em outubro.
 
O processo resultou de queixas apresentadas por membros da direção da Federação Portuguesa de Futebol, incluindo o presidente Fernando Gomes e do Conselho de Arbitragem, liderado por Vítor Pereira, por causa de declarações do então presidente da Liga no início de setembro, em entrevista à RTP Informação, e de uma carta enviada ao presidente da FPF. 
 
Na altura Mário Figueiredo falou de «uma candidatura que foi formada para tomar de assalto a Liga, para controlar a arbitragem». «Quando a arbitragem mudou para a federação, esse presidente mudou-se de armas e bagagens para a federação. As pessoas que estão à frente dos destinos do futebol fizeram-no para perpetuar um sistema que dura há muitos anos», acrescentou.

O Conselho de Justiça considerou que «ao proferir estas declarações, cujo sentido e alcance bem conhecia, o arguido agiu com intenção de ofender a honra, consideração e dignidade do presidente da FPF, bem como dos restantes membros da direção e árbitros da FPF».

O processo disciplinar foi aberto a 08 de outubro e a acusação foi deduzida a 16 de outubro, quando Mário Figueiredo ainda tinha uma das vice-presidências da FPF, por ser presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Com efeito, a 27 de outubro realizaram-se eleições na liga e Luís Duque foi eleito, pelo que é dele, desde então, a cadeira por inerência de vice-presidente da FPF, o que torna a suspensão a Mário Figueiredo ineficaz.

Além da suspensão, Mário Figueiredo é ainda condenado a pagar uma multa de 3.570 euros.