Estoril e Belenenses serviram o aperitivo para o primeiro dérbi da época 2014/15 no jogo deste domingo do 3º e 4º lugares da taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. Foi um aperitivo um pouco insípido para o que se seguiria. Durante quase todo o jogo. A exceção aconteceu nos descontos quando se pensava que o jogo acabaria empatado.

Numa fase habitual de início de jogo em que as equipas procuram encaixar o seu sistema de jogo com o do adversário, o Estoril foi mais rápido a estabelecer-se e rasgou o setor mais atrasado do Belenenses para chegar ao golo; beneficiando também de uma falha defensiva da equipa a jogar no seu estádio.

A meio-campo, Tozé conseguiu suportar a pressão e fazer o passe a rasgar o Belenenses pelo centro, com João Afonso a ter oportunidade para cortar o lance, mas a falhar. Apareceram dois jogadores do Estoril em posição de corresponder e foi Kuca (com Sebá a ver) a dar um toque em jeito para desviar a bola do guarda-redes Filipe Mendes.

Confira a FICHA de jogo e o AO MINUTO

Com oito minutos de jogo ficou aberto o marcador com um golo conseguido num jogada a contrastar com as tendências atacantes de cada equipa. O Estoril marcou pelo meio, mas procurou sempre mais os flancos para progredir no terreno, com uma maior solidez no centro a tentar libertar Kuca na direita e Sebá na esquerda.

O Belenenses apostou com mais consistência na zona central do campo a contar com o talento de Fredy para criar lances que conseguissem desorganizar a defesa do Estoril. Pelo lado esquerdo Fábio nunes Nunca conseguiu dar seguimento. No lado direito, Adilson travou um duelo muito interessante com Kakuba. E foi do extremo azul que nasceu a oportunidade da equipa de Belém.

A chegar à meia hora (sem qualquer outra oportunidade de golo entretanto), o passe de Adilson da direita para o meio acabou por descompensar a defesa do Estoril (ainda mais porque nem Fredy nem os centrais canarinho apanharam a bola e esta sobrou para Caeiro, que recebeu um presente de baliza aberta. O avançado do Belenenses falhou de forma incrível.

Foi a partir desta altura em que perdeu o empate que o Belenenses conseguiu ficar melhor no jogo do que o adversário, onde José Couceiro mandou Kuca e Sebá trocarem entre a direta e a esquerda, respetivamente. Num jogo que foi avançando com poucas faltas e onde em algumas partes do campo dava para alguns pombos poisarem de vez em quando, as melhorias do Belenenses foram-se notando, mas, ainda assim, sem colocar Kieszek em apuros.

Descontos decisivos

Ao intervalo, José Couceiro fez oito mudanças na equipa. Do lado do Belenenses, Lito Vidigal apenas fez os extremos titulares trocarem de lado (Adilson por Fábio Nunes). O treinador do Belenenses demorou 11 minutos até fazer cinco substituições de uma vez. E a sua equipa conseguiu ficar mais consistente e passou a mandar na partida.

O Estoril foi ficando mais inofensivo, o Belenenses mais objetivo. Yohan também falhou, mas, desta vez, o lance não deu golo. Mas o Belenenses foi-se aproximando... Um grande remate de Sturgeon – já depiis da segunda leva de substituições nos azuis – mostrou que o guarda-redes do Estoril iria ter mesmo mais trabalho. Pouco depois, Kieszek ainda se opôs ao livre de Miguel Rosa, mas, de forma ineficaz. A bola sobrou para um toque de João Meira a dar a bola para a cabeça de Deyverson. Ficou feito o empate.

Com um resultado justo no Restelo ficou a perspetiva dos pontapés da marca de grande penalidade para a atribuição do último lugar do pódio da Taça de Honra. Mas não. Mano desencantou forma de bater Mattt Jones num bom lance individual dentro da área, mas o remate foi devolvido em cima da linha de golo por Palmeira. Estrava-se já na compensação. Foi o ensaio. O forcing do Estoril nos descontos deu o golo da vitória: após o cruzamento de Babanco, João Pedro Galvão atirou a bola ao poste e – em jeito de confirmação do vencedor que se mostrou determinado a ganhar sem penáltis – Bruno Lopes marcou para fazer o 2-1.

O Belenenses fez o terceiro jogo do ano e registou a segunda derrota. O Estoril conseguiu o segundo triunfo, além de um empate e de uma derrota.