Os resultados recentes não eram os melhores, seguiam-se encontros importantes diante de FC Porto e Chelsea, e por isso mesmo exigia-se um leão feroz e a mostrar o seu estatuto na Liga. Foi o que aconteceu: o leão entrou a rugir em Barcelos e logo aos dez minutos mostrou as garras. Adrien a Nani marcaram dois golos em dois minutos e abriram caminho a triunfo ( 0-4) simples perante um galo pouco complicador. O Sporting está de volta aos triunfos.

Com um empate em Maribor ainda atravessado na garganta, Marco Silva mexeu em todos os setores. No ataque Carrillo deu o lugar a Capel, estando reservada para o meio campo a maior surpresa. André Martins saiu do onze inicial diretamente para a bancada, sendo preterido da convocatória juntamente com Tanaka. Na defesa Jonathan Silva estreou-se oficialmente com a camisola dos leões, aproveitando o castigo de Jefferson.

Do lado do Gil Vicente, ainda com apenas um ponto conquistado no campeonato, José Mota estreou-se no Estádio Cidade de Barcelos e teve que improvisar o eixo da defesa. Sem Pek’s e Enza-Yamissi, expulsos em Paços de Ferreira, o Gil jogou com uma dupla de centrais inédita, composta por Gladstone e pelo adaptado Evaldo.

Dois golos num jogo pela primeira vez…

A inclusão de João Mário no miolo fez com Adrien uma dupla segura e irreverente, dotou o meio campo de maior versatilidade e sobretudo de maior critério no passe. Mas, mais do que as alterações feitas por Marco Silva, foi a forma com o Sporting entrou em campo a fazer a diferença.

Mandão e seguro, entrou a todo o gás visando por várias vezes a baliza de Adriano Facchini. Sem surpresas, chegou ao golo ainda antes de cumpridos os primeiros dez minutos. A defesa já de si permeável com Gladstone e Evaldo a centrais, ficou ainda mais exposta com a saída de Luan para receber assistência médica.

Adrien abriu caminho à vitória leonina com um autêntico míssil disparado à entrada da área, aproveitando o «buraco» deixado aberto pela ausência de Luan no miolo. Primeira explosão de alegria verde e branca no Minho. O desnorte instalou-se no setor mais recuado do Gil Vicente, que praticamente se limitava a ver jogar.

Apenas dois minutos volvidos, Nani mostrou mais uma garra do leão, e de raiva rematou de pés esquerdo para o fundo das redes do Gil. Nem Adriano foi capaz de segurar o Gil, perante um Sporting que pela primeira vez ousou marcar dois golos num jogo esta época. Condições reunidas para um regresso tranquilo Às vitórias.

Gestão e mais dois golos com o galo à espreita

Foi preciso esperar até perto da hora de jogo para ver o Gil Vicente esgueirar-se com perigo, na verdadeira ascensão da palavra. Já com Diogo Viana em campo, por troca com o apagado Diogo Valente, Marwan cabeceou com perigo à baliza de Patrício aos 56 minutos.

Reação ténue da equipa da casa. O Sporting dominava as operações, tomava conta do jogo e geria as incidências da forma que mais lhe convinha. O galo estava à espreita, fez mais no segundo tempo, é certo, mas ainda assim sem força suficiente para importunar Rui Patrício.

João Mário abriu o livro no segundo tempo e fez duas assistências apara o Sporting elevar a contagem para as quatro bolas a zero já na fase final do encontro. Primeiro serviu Slimani, depois deu a marcar a Carrillo. Não marcou, mas fez dois meios golos o médio que na época passada esteve cedido ao Vitória de Setúbal.

O galo foi tímido de mais para um leão tão sedento de vitórias. José Mota tem muito trabalho a fazer em Barcelos, mas isso já era sabido antes da goleada sofrida com o Sporting. Triunfo robusto e confortável do Sporting. De raiva, o leão rugiu, mostrou as garras e disse presente para os compromissos que se avizinham. Está posto um fim ao ciclo de três empates consecutivos.