Fernando Valente, treinador do Sp. Espinho, em declarações no final da derrota na Madeira (0-4) com o Nacional, que afastou a equipa da Taça de Portugal:
«Foi uma experiência que precisávamos de viver porque temos uma equipa jovem. É lógico que sabíamos que íamos defrontar um Nacional a querer mostrar, nesta fase de transição com o novo treinador, que é uma equipa forte.
Sabíamos também que havia um desequilíbrio de forças, mas acreditávamos que, com a nossa organização, podíamos ir adiando aquilo que acabou por acontecer. Acho que a primeira parte estivemos bem em termos defensivos, acabámos por sofrer um golo numa falta desnecessária, o que demonstra também alguma imaturidade destes jovens.
Na segunda parte eles entraram muito fortes tivemos perdas de bola em transições e depois a qualidade acabou por, em quatro minutos, ditar dois golos que fizeram pender a eliminatória. De qualquer forma acho que foi importante porque o desafio que tínhamos lançado aos jogadores era para eles verem o nível em que estão, qual o nível que podem atingir e perceberem o que têm que crescer.
Acho que nisto foi fantástico, batemo-nos bem, dignificámos as cores do Sporting de Espinho e vamos continuar a nossa luta e o nosso processo de crescimento para sermos uma equipa que quer, essencialmente, marcar uma posição.
Houve jogadores aqui que jogaram a primeira vez contra uma equipa da primeira divisão, alguns nunca tinham andado de avião, temos um jovem da formação do Espinho que jogou a primeira vez e bateu-se bem, mas não há dúvida nenhuma as estratégias que pedimos tem sempre pela frente adversários que não deixam pôr em prática o que pretendemos.
Agora acho que crescemos um bocadinho, mas o que queríamos fazer valer era a nossa organização e mostrarmos que queríamos ter mais a bola. Nesse aspeto é que acho que houve uma barreira mental que inibiu alguns jogadores e nós perdíamos a bola com alguma facilidade e contra estas equipas isso é fatal. Parabéns ao Nacional e à minha equipa pelo que tentou fazer».