Em entrevista à agência Lusa, o ex-internacional português falou não só do jogo, mas também da seleção nacional e do seu futuro que, para já, não passa por ser treinador.
Sempre atento ao que acontece em Portugal, Deco considerou que a renovação da seleção é «um processo natural», mas não devido ao mau desempenho dos portugueses no mundial do Brasil.
«A renovação de uma equipa é um processo natural. Hoje fala-se mais disso quando se perde, mas não é nada de especial. Se assim não fosse, ainda estaria eu, o Figo, o Rui Costa ou Pauleta a jogar na seleção. Temos de encarar isso com naturalidade», afirmou.
«A renovação de uma equipa é um processo natural. Hoje fala-se mais disso quando se perde, mas não é nada de especial. Se assim não fosse, ainda estaria eu, o Figo, o Rui Costa ou Pauleta a jogar na seleção. Temos de encarar isso com naturalidade», afirmou.
Apesar de afastado do futebol, o ex-médio confessa sofrer ainda mais do lado de fora: «Sofro bastante, até porque ainda estão a jogar alguns amigos como o Cristiano, Bruno Alves, Pepe, Raul Meireles. Por isso, além da seleção em si é uma questão de amizade que me faz sofrer ainda mais.»
Com uma carreira cheia de troféus, o ex-futebolista admitiu ainda que «a única coisa que faltou foi um título importante na seleção», tal como já tinha referido em
entrevista ao Maisfutebol: «Estivemos perto, mas infelizmente não foi possível.»
Quase um ano depois de ter terminado carreira, aos 36 anos, o luso-brasileiro procura agora organizar a sua vida fora dos relvados e tem-se dedicado a projetos de agenciamento, com Jorge Mendes, e a projetos de consultadoria, algo que lhe tem agradado. A possibilidade de se tornar treinador é, por isso e por agora, algo que coloca de parte: «Estive muitos anos no futebol, que me deram muita experiência, mas acho que tenho de me formar e aprender para continuar nesta área. Agora começou outra fase da minha vida, e quero estar bem preparado para isso. Não tenho pressa em fazer algo só para dizer que continuo ligado ao futebol.»
O jogo de sexta feira irá reunir estrelas como Vítor Baía, Jorge Costa, Maniche, Benny McCarthy e Derlei, sendo que do lado do Barcelona são esperados Xaví, Iniesta, Ronaldinho e Etoo, num reencontro que Deco admitiu não ter sido fácil de agendar, mas contou com a ajuda de Pinto da Costa, o que facilitou o processo: «Tenho por ele uma grande amizade e respeito. Quando lhe falei deste jogo houve logo disponibilidade. Ele tem consciência que a história de um clube também é feita pelas pessoas que passam e deixam a sua marca.»
O ex-internacional português considerou que «não faria sentido que este jogo pudesse ser feito em outro local que não no Porto» e garantiu que a sua ligação não é só com o clube: «A minha ligação ao Porto não é só ao clube. Tem a ver com a cidade, as pessoas, os grandes amigos que cá tenho, e até pela maioria dos meus filhos terem nascido neste país. Por isso, quando chego a Portugal e ao Porto sinto-me em casa.»
