O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) está atento à situação do Atlético, da II Liga, onde os problemas financeiros levam a que ainda não tenham sido pagos salários na atual temporada.

Joaquim Evangelista, o presidente, confirmou que a situação tem causado «uma grande instabilidade, uma insegurança e, sobretudo, constrangimentos».

«Temos procurado dar aos jogadores as condições necessárias para fazerem a vida normal e junto do clube procurar perceber porque é que o pagamento atempado da remuneração não está a ser feito», garantiu.

Contudo, Evangelista não poupa o acionista maioritário do clube, Bruce Ji, lembrando que as situações difíceis que os clubes atravessam não podem servir de desculpa para aceitar todos os investidores novos que surjam.

«Os clubes que permitem a entrada destes investidores têm de ter maior cuidado, no sentido de saber quem são estas pessoas, qual a idoneidade, as responsabilidades financeiras, o seu currículo», alertou. 

O responsável do SJPF lembrou que à semelhança do que acontece no Atlético, com um investidor chinês, o mesmo aconteceu no Beira-Mar, com um investidor iraniano, no CD Fátima, com um brasileiro, e no Olhanense, com um italiano, entre outros.

«Estes fenómenos começam a ser recorrentes no futebol português», lamentou.