Thaksin Shinawatra, ex-ministro tailandês e actual presidente do Manchester City, é acusado pela Human Rights Watch (HRW) de ser «um violador dos direitos humanos da pior espécie». Thaksin é acusado de 2500 execuções sem julgamento prévio e eliminação de órgãos de comunicação social opositores, durante o seu mandato enquanto chefe do executivo tailandês.
A organização defensora dos direitos humanos escreveu à Premier League contestando a capacidade de Thaksin para dirigir o clube inglês. «Sob nenhum aspecto considero que Thaksin possa ser digno e adequado» para dirigir um clube da Premiership, afirmou o porta-voz da organização, Brad Adams.
Noppadol Pattama, advogado do ex-primeiro-ministro tailandês, negou as acusações, afirmando serem «completamente infundadas». «As acusações contra ele nunca foram provadas. Merece ser tratado como um inocente até prova em contrário. Até agora não houve nenhuma prova sólida contra ele» concluiu o advogado de Thaksin Shinawatra. «Thaksin nunca ordenou execuções de traficantes. Simplesmente tentamos resolver o problema da droga na Tailândia sendo duros com os criminosos» assegurou Noppadol.
A Amnistia Internacional já veio juntar-se à HRW e, através do porta-voz, acusou o proprietário do Manchester City de protagonizar, enquanto «primeiro-ministro, violações muito sérias dos direitos humanos». A organização disponibilizou-se a providenciar documentos que possam permitir à Premier League analisar a conduta de Thaksin Shinawatra.