O mais recente escândalo no futebol francês começa a provocar «baixas». O presidente do Nimes, da II liga francesa, demitiu-se esta sexta-feira depois das acusações de corrupção e manipulação de resultados relativas a jogos da temporada passada.

«Tomei a decisão de me demitir das minhas funções como presidente do Nimes Olympique. Esta decisão, que não fui forçado a tomar, só se destina a proteger os interesses do meu clube. A partir de agora vou-me defender dessas acusações injustas e infundadas», declarou Jean-Marc Conrad, em nota enviada pelo seu advogado à AFP.

As acusações dizem respeito ao empate entre o Nimes e o Caen (1-1), realizado a 13 de maio, que permitiu ao Nimes evitar a despromoção e, ao mesmo tempo, assegurou a promoção do Caen ao primeiro escalão do futebol francês.

De acordo com uma fonte policial, citada na imprensa francesa, existem escutas telefónicas envolvendo os presidentes dos dois clubes, numa conversa ocorrida antes do jogo, após o qual o presidente do Nimes teria deixado no balneário do Caen 24 caixas de doze garrafas de vinho.

Jean-Marc Conrad foi uma das seis pessoas detidas por suspeita de manipulação de resultados, ao qual se juntam também Serge Kasparian (um dos principais acionistas do Nimes), Jean-François Fortin (presidente do Caen), Franck Toutoundjian (presidente da equipa amadora do AS Ararat Issy-les-Moulineaux), Kaddour Mokkedel (chefe de segurança do Caen), bem como o empresário Michel Moulin.



Todos os seis homens foram libertados sob fiança e estão impossibilitados de estabelecer contacto entre eles.