A FIFA vai decidir «antes de 20 de julho» sobre o pedido da Federação da Palestina (PFA) para que se suspenda a Federação de Israel, devido à guerra na Faixa de Gaza, prometeu esta sexta-feira o presidente do organismo, Gianni Infantino.

O dirigente máximo do futebol mundial recusou uma votação dos 210 membros das federações no 74.º Congresso do organismo, que está a decorrer em Banguecoque, como sugeriu o presidente da federação palestina.

De acordo com o presidente da FIFA, os pedidos da PFA contra a sua homóloga israelita «entram nas competências do Conselho da FIFA» e «deverão ser geridas por este organismo», mas dada a urgência da situação será convocado um «conselho extraordinário» até 20 de julho.

Gianni Infantino adiantou que a FIFA recorrerá a «especialistas jurídicos independentes» para analisar a situação e os argumentos da Federação da Palestina que acusa o organismo israelita de uma série de violações dos estatutos da FIFA, tanto em Gaza como na Cisjordânia.

Uns momentos antes, o presidente da PFA, Jibril Rajoub, tinha exortado a FIFA a ficar «do lado certo da história» e a votar pela suspensão imediata da Federação israelita, levando os seus membros à comissão disciplinar.

Num documento de sete páginas, enviado em meados de março, a federação palestina enumerou as consequências diretas dos bombardeamentos em Gaza, que resultaram em, pelo menos, «92 futebolistas mortos» e «todas as infraestruturas desportivas destruídas».

Em resposta, o responsável de Israel disse que se trata de «uma tentativa cínica» de «prejudicar o futebol» do país, baseada, segundo disse, em «razões que não têm a ver com o desporto», acrescentando ser uma «situação política complicada» e que de futuro, quando tudo estiver mais calmo, gostaria de estender a mão e considerar jogos amigáveis.

«Para estender a mão é preciso que haja pessoas vivas e livres», devolveu o dirigente palestiniano.