Já passou um dia desde que o treinador do Saragoça, Javier Aguirre, revelou que o Sp. Braga tinha cedido um jogador ao seu clube.
A história pode ser lida
aqui e não teria notícia se em Portugal este jovem espanhol não fosse um desconhecido. E o processo ainda mais (o Sp. Braga, que eu tenha notado, nunca disse ter adquirido o passe deste espanhol).
De acordo com o que se percebeu até agora, Juan Carlos saiu do Real Madrid «B» (passou sem se fazer notar, e por escassos minutos, pelas mãos de Mourinho) e seguiu para Saragoça (o clube informou a 11 de Julho que Juan Carlos e David Mateos chegavam ao clube «provenientes do Real Madrid»). Mas os papéis, de acordo com o que revelou agora Aguirre e o site da Liga espanhola comprova, fizeram um desvio por Portugal, nomeadamente pelo Sporting de Braga.
Em 24 horas, nenhum dos clubes envolvidos desmentiu o que foi dito pelo treinador do Saragoça. E também não sentiu necessidade de esclarecer os adeptos, sinal de este tipo de transferência é tida por normal.
Do meu ponto de vista, há algumas perguntas a fazer, para que tudo seja compreensível a quem está de fora.
1. O Real Madrid vendeu o jogador ao Sp. Braga? Se sim, por quanto dinheiro? E o jogador, assinou com os bracarenses? Se sim, por quanto tempo?
2. Se o Real Madrid cedeu apenas os direitos desportivos, a quem cedeu os direitos financeiros, se é que houve qualquer pagamento?
3. Se o Sp. Braga pagou algum valor por Juan Carlos, quanto foi?
4. Neste momento, o Sp. Braga tem alguns direitos (desportivos ou financeiros) sobre Juan Carlos?
5. Se precisa de autorizar a cedência do certificado internacional, isso significa que em algum momento possuiu direitos sobre o futebolista? Cedeu-os? Se sim, por empréstimo ou a título definitivo? E por quanto?
6. Existe alguma cláusula que permita o regresso de Juan Carlos ao Real Madrid?
Se tudo não passa de um equívoco, era bom esclarecê-lo. E era bom explicar por que se fez assim e quem ganha exactamente o quê neste processo.
Um negócio que surpreende
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