O Benfica não marcou presença no Conselho de Presidentes da Liga, mas estará na Assembleia-Geral que vai decidir o possível alargamento do principal campeonato português.

Paulo Gonçalves, assessor jurídico do clube, chegou ao edifício da Alfândega, no Porto, onde decorrem os trabalhos, pelas 17h10. Na mesma altura terminava o Conselho de Presidentes.

Liga decide alargamento para 18 clubes

Os representantes dos clubes fizeram uma ligeira pausa antes do início da Assembleia-Geral, vinte minutos depois.

O Conselho de Presidentes foi dominado pelo tema dos direitos televisivos. Numa altura em que se estuda a possibilidade de concentrar a negociação dos direitos televisivos na Liga, os clubes decidiram que, até 30 de Junho, vão estudar a possibilidade de apresentar uma queixa na Comissão Europeia (CE), contra o monopólio atualmente existente, alegando violação dos direitos de concorrência. Esta decisão foi tomada depois de ser ouvido um estudo apresentado pela Liga relativo aos direitos de transmissão nas principais Ligas europeias e tem como objetivo declarar nulos os contratos existentes.

A eventual queixa não teria de ser subscrita por todos os clubes, mas, obviamente, teria mais força se contasse com o máximo de apoio dos clubes. O presidente da Liga, Mário Figueiredo, vincou que os clubes não correm qualquer risco ao apoiar a queixa nos contratos já existentes, caso esta se venha a revelar sem fundamento.

Também será estudada a possibilidade de apresentar uma outra queixa na CE, contra o Estado, esta relativa ao totonegócio e ao monopólio do jogo entregue pelo Estado à Santa Casa da Misericórdia em 2003. A Liga defende que não houve informação prévia, como é obrigatório.

Outra resolução da reunião foi a emissão de um parecer por parte dos clubes que impeça que uma equipa seja impedida de se inscrever nos campeonatos por dívidas relacionadas com o totonegócio.

Por fim, os presidentes decidiram distribuir o fundo de reserva da Taça da Liga apenas pelos clubes da Liga de Honra, em vez dos 32 clubes dos campeonatos profissionais. Assim sendo, cada emblema do escalão secundário do futebol profissional em Portugal irá receber 21500 euros.