O FC Porto foi perder a Leicester por 1-0, no jogo da segunda jornada da fase de grupo da Liga dos Campeões, com um golo do inevitável Islam Slimani, a marcar o sexto tento do ano frente aos portistas. Os dragões deram uma parte de avanço aos foxes que mostraram como conseguiram o inédito título de campeões da Premier League na época passada. A reação portista chegou tarde e deixou os azuis e brancos num desconfortável terceiro lugar com apenas um ponto.

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Nuno Espírito Santo, que procurava a primeira vitória portista de sempre em solo inglês, apostou no 4-4-2, repetindo o onze que venceu o Boavista no fim-de-semana. Claudio Ranieri não surpreendeu e o Leicester apresentou-se em campo como se esperava, num estilo de jogo simples, com aposta nas bolas longas, com Drinkwater e Mahrez (sobretudo eles) a levarem a bola e a servirem Vardy e Slimani, que não abandonavam o último terço do meio campo portista. Simples, mas eficaz, sobretudo na primeira parte.

O FC Porto teve pela frente uma equipa rotinada, com uma agressividade física que os portistas não souberam contrariar ou ultrapassar. Em toda a primeira parte, o FC Porto teve dois lances de perigo dignos desse nome. Foi aos 5 minutos com um excelente passe de Otávio a isolar André Silva, que trabalhou bem e, mesmo à entrada na área, optou pelo chapéu a Schmeichel. A bola não passou longe do poste. O outro foi um livre batido por Layun, que também andou perto.

Em compensação, o Leicester conseguia com bastante facilidade chegar junto da baliza de Casillas. Excelentes na recuperação de bola, fazendo morrer quase todas as tentativas portistas de construção de jogo a meio campo, os jogadores do Leicester dominavam também junto da defesa dos azuis e brancos e criavam ainda perigo de bola parada.

Para piorar o cenário, os homens de Nuno Espírito Santo cometeram muitos erros. Felipe esteve em dia «não», deixando demasiadas vezes que Vardy se antecipasse, e Slimani ganhasse no jogo aéreo e conseguisse criar perigo. E o defesa ainda protagonizou uma falta de entendimento com Casillas, que poderia ter custado caro. Não foi, por isso, surpresa quando, aos 25 minutos, o golo dos foxes apareceu. Mahrez subiu, cruzou frente a Alex Telles, Vardy saltou na área, mas não chegou, e Slimani, perante a passividade de Felipe, saltou também e cabeceou para o fundo na baliza. Slimani saiu de Portugal, mas continua a marcar aos portistas.

Só na segunda parte, quando Nuno Espírito Santo fez entrar Herrera (63 minutos), para o lugar de um apagado André André, e Diogo Jota, para substituir Adrián, que nunca conseguiu entrar no jogo, [e depois Corona], os portistas começaram a conseguir fazer-se notar em jogo. Herrera atirou uma bomba que Schmeichel defendeu. Jota fez a bola passar perto da baliza. Corona atirou ao poste. O FC Porto conseguia finalmente entrar na área, criar perigo. E terá ainda ficado por assinalar uma grande penalidade por um empurrão a Marcano na área, que o árbitro assinalou como falta atacante.

Atrás, Casillas respondeu muito bem a um remate de Mahrez, o único perigo real que os foxes conseguiram criar na segunda parte.

Mas, apesar de a reação portista ter aparecido, o golo não chegou. O FC Porto saiu de Leicester com uma derrota e, após dois jogos, soma apenas um ponto, fruto do empate com o Copenhaga. Os dragões são terceiros do grupo, atrás do Leicester, que lidera com seis pontos, e do Copenhaga, que goleou e soma quatro. Abaixo do FC Porto só o Brugge que ainda não pontuou.