Um FC Porto senhor na Europa até bem perto do intervalo e a suster um reinício sufocante do Besiktas, garantiu um ponto na Turquia e, pelo menos, um lugar na Liga Europa. Apuramento e decisões adiadas para a receção ao Mónaco, qualquer que seja o resultado desta noite no principado.

Num teste decisivo na Turquia, Conceição fez regressar José Sá à baliza e mudou mais quatro. Brahimi, suplente na Taça. Herrera, recuperado de lesão. Sérgio Oliveira – que parece talhado para os jogos europeus – e Maxi Pereira, aposta que fez subir Ricardo Pereira para o apoio a Aboubakar.

As combinações entre o lateral luso e o camaronês seriam, de resto, dor de cabeça maior para a defesa turca. Das tabelas simples aos cruzamentos que o africano fazia por desviar para golo.

Começou bem o FC Porto, sem temor ao ambiente frenético das bancadas do Besiktas Arena. Sólido, sóbrio e capaz na posse de bola, à procura de espaços numa defesa em que Pepe se mostrou claramente patrão. Pau para toda a obra.

Sem ocasiões claras nos primeiros 25 minutos, à exceção de um remate de Babel defendido com dificuldade por José Sá, o Besiktas exercia forte pressão no portador da bola. Provocou alguns erros de construção nos portistas, que aí reagiram com prontidão e audácia, ao criar soluções e linhas de passe várias para progredir no terreno, entre Danilo, Herrera, Sérgio Oliveira e Brahimi.

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Num desses lances, Tosic foi obrigado a fazer falta sobre Sérgio Oliveira. Do livre, uma combinação de Alex Telles e Ricardo a desmontar o esquema defensivo dos turcos. Toque curto e cruzamento rasteiro do lateral para o pé direito de Filipe inaugurar o marcador (29m).

Entre o melhor e o pior de Filipe, Quaresma obrigou Sá a um voo eficaz na baliza e Aboubakar ameaçou. Tudo antes de um empate que o Besiktas, à altura, pouco de concreto fez por justificar. Cenk Tosun picou a bola, deixou Felipe para trás e abriu uma autoestrada para o golo. Talisca recebeu do avançado e encostou já sem José Sá no lance (41m).

No regresso dos balneários, quase 20 minutos avassaladores do Besiktas. Tão fortes, como rara a submissão do FC Porto a um adversário esta época. Remetidos ao seu meio campo, os dragões viram Babel enviar uma bomba ao ferro (58m) e Quaresma só não marcou porque José Sá fez a defesa da tarde (62m).

Superioridade turca vincada até à grande perdida do FC Porto, numa ocasião caída entre o pouco e o nada até então. Aboubakar ganhou a Medel, a bola acabou nos pés de Ricardo e, perante Fabri, uma trivela sem sentido pela linha de fundo. Que perdida.

O lance serviu de aviso e de estanque a um Besiktas mais contido desde então. O FC Porto procurou desequilibrar, em particular pelos rasgos de Brahimi, porém sem sucesso. Os turcos nunca mais remataram à baliza e serviram-se de um empate que garante, não só o apuramento para os «oitavos», como o primeiro lugar do grupo G.