José Couceiro quer recuperar o Estoril depois do desaire na Taça de Portugal, na Póvoa do Varzim, com uma nova injeção de moral na Liga Europa, desta vez frente ao favorito Dínamo de Moscovo. O treinador lembra que a equipa já percebeu que pode ganhar este tipo de jogos, quando bateu ao Panathinaikos, e, nesse sentido, considera que o melhor psicólogo para a equipa é ganhar já esta quinta-feira.

«Vão ser dois jogos diferentes, com características diferentes. O jogo passado já o analisámos, já percebemos que as falhas de concentração não as podemos ter. O Dínamo esta recheado de jogadores internacionais, mas também temos jogadores com experiência. O Tozé também tem contato internacional e há mais jogadores que o têm. Temos as nossas armas, mal de nos se não tivermos ambição para ganhar os jogos», começou por destacar o treinador, na conferência de antevisão do jogo da 3ª jornada da Liga Europa.

O Dínamo é líder destacado do Grupo E com duas vitórias. «Sabemos que vamos jogar contra a favorita do grupo, é uma equipa que tem recursos fantásticos ao seu dispor, mas os jogos não se jogam só com os recursos, mas também com a capacidade que o onze possa ter. Demos um trabalhão com o Varzim, mas queremos levantar-nos», prosseguiu.

O Estoril começou por perder em Eindhoven, mas depois venceu o Panathinaikos em casa, naquela que foi a sua primeira vitória na fase de grupos. «Deixa a equipa mais confiante porque deixa a equipa perceber que pode ganhar. Temos essa capacidade, sabemos que podemos ganhar a equipas desta competição. É verdade que fomos eliminados pelo Varzim da Taça, mas o Dínamo também foi eliminado da Taça da Rússia por uma equipa da III Divisão. São as vitórias que dão essa confiança. Podemos trabalhar muito bem a equipa do ponto de vista psicológico, mas o melhor psicólogo para nós são as vitórias», destacou.

O treinador reforça a ideia. Depois de um mau resultado o melhor remédio é voltar a jogar o quanto antes e jogar para ganhar. «É bom, o que é importante, depois de um desaire, depois de termos cometido erros, é voltar a jogar o mais depressa possível. Agora adversários ideais não há. É a equipa mais difícil do grupo, mas temos as nossas hipóteses. O Dínamo não vai estar por cima sempre. Há um momento em que vamos estar nós por cima e temos de aproveitar para decidir o jogo. São esses pormenores que fazem a diferença,. Queremos puxar as coisas para o nosso lado, mas não há pressão adicional, a equipa não está pressionada. Um bom resultado é ganhar ou empatar, não há derrotas positivas», referiu ainda.