* enviado-especial à Suécia

O Rio Ave vive hoje um dos momentos mais altos da sua história, ao disputar o play-off de acesso à Liga Europa.

A partir das 18h de Lisboa, 19h locais, a equipa vila-condense inicia uma disputa a duas mãos com o Elfsborg, clube de Boras, na Suécia, que poderá valer uma vaga na fase de grupos da prova europeia.

Depois da eliminação do Gotemburgo na terceira pré-eliminatória, a fase de grupos está aí a bater à porta. Feito isolado, fruto de época anormalmente boa com a presença em três finais, ou algo para ter repetição?

Mário de Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde entre 1976 e 2013, «eterno» líder da AG do Rio Ave, comenta, em declarações ao  Maisfutebol: «Este é um momento histórico para o clube, sem qualquer dúvida. Surge na sequência de uma época muito boa. Não caiu do céu, é fruto de um trabalho continuado. Não estava nos nossos horizontes, mas surge de um crescimento».

Mário de Almeida acompanha a realidade do Rio Ave «há 60 anos». E aponta, ao Maisfutebo l: «É impressionante o que este clube evoluiu nos últimos 40 anos. Teve crescimento muito significativo, se nos lembrarmos que há pouco mais de 25 anos estava nos distritais. O crescimento foi-se sucedendo. Primeiro o título da III Divisão, em 77, depois as subidas, a final da Taça em 84… Houve um momento em que as coisas se inverteram, depois de algumas descidas. E passámos a ser clientes habituais da I Divisão, a ser cada vez mais respeitados. Estabilizámos».

Estabilizar, antes de voar

Antes do sonho europeu, Mário de Almeida destaca a capacidade de «estabilizar no primeiro escalão». «Essa foi a primeira grande conquista. Passámos a ser olhados como um clube que joga bem, que pode ganhar. Deixámos de estar no lote daqueles que, em princípio, vão descer. Daí até esta aventura europeia, foi um pequeno passo».


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«Não temos sido tolos»

Mário de Almeida, que trabalhou com vários presidentes e os tem seguido de perto, como líder da AG, aponta: «O clube tem sido bem gerido. Não temos sido tolos. Não temos gasto mais do que temos. Desportivamente, temos sido progressivamente melhores, época a época. E na formação temos chegado a patamares cada vez mais elevados. Basta dizer que num plantel de 27 jogadores temos cinco formados no clube».

«Por tudo isto, estou otimista. Sei o que esta equipa vale. Pode fazer um bom jogo na Suécia e passar à fase de grupos. Estou confiante, mas claro que não temos obrigação nenhuma», referiu o presidente da AG do clube, edil do município vila-condense durante quase quatro décadas.

«Carlos Brito já tinha estado perto»

Mário de Almeida acredita que «Pedro Martins tem capacidade e condições para manter o bom trabalho feito pelo Nuno. Foi uma pena que o Nuno não tenha continuado, mas a sua saída também significou que fez um excelente trabalho. E é justo dizer que o Carlos Brito já  tinha estado muito perto da Europa, há não muitos anos...»


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