O Sporting tentou tudo no ‘Caldeirão’ para bater um Marítimo coeso, mas regressa a Lisboa com um ponto. A penúltima partida da 23.ª jornada acabou sem golos, apesar do jogo ter tido várias oportunidades para mexer com o marcador.

Os leões de Alvalade estiveram mais perto do triunfo. Mas, ao mesmo tempo que viam o golo adiado, acabaram por ir dando confiança aos leões do Almirante, que também dispuseram de oportunidades para marcar. O dia não para o Sporting, que somou a terceira época seguida sem vencer no Estádio do Marítimo, ficou marcado pela expulsão de Coates, na compensação.

Petit foi a jogo com a mesma equipa que venceu o Belenenses SAD, na última ronda, a que pôs fim a três derrotas consecutivas. Keizer operou duas mudanças, por comparação com o jogo contra o Villarreal, da Liga Europa. Renan regressou à baliza, por troca com Salin. Já Acuña rendeu Jefferson.

Os verde e brancos queriam encurtar distâncias para o Sp. Braga, procurando o golo no início. Aos cinco minutos, Bruno Fernandes testou Charles, com um remate potente a obrigar a socar o esférico. Mas o primeiro quarto de hora revelou mais.

O Marítimo reagiu e só pecou pela falta de pontaria de Getterson, na sequência de um lance de bola parada: a cruzamento de Rúben Ferreira, o avançado atirou por cima.

O Sporting não gostou da ousadia e respondeu com a melhor oportunidade, mas Rúben Ferreira, a cruzamento de Acuña, tirou o “pão da boca” a Bas Dost. Charles defendeu por instinto depois, com Wendel a atirar por cima, na recarga.

O Sporting procurou dar velocidade nas transições, mas a equipa de Petit, concentrada e solidária na defesa, revelou-se intransponível. Isto apesar dos esforços de Bruno Fernandes. Já os madeirenses procuravam surpreender com saídas rápidas com bola, mas sem eficácia.

Marítimo-Sporting: o filme do jogo

Keizer queria mais, obviamente. E aproveitou o intervalo para repensar o jogo. Borja e Gudelj, já amarelados, não regressaram das cabines: entraram Raphinha e a Doumbia. E as alterações surtiram o efeito desejado. Logo no primeiro minuto, Diaby esteve a poucos centímetros de inaugurar o marcador, num remate na grande área, que passou perto da trave.

Foi o primeiro de muitos lances de perigo que o renovado Sporting pós-intervalo, em 4x3x3, construiu no terço ofensivo. Mas se Zainadine ou Grolli não estavam lá, Charles tomava conta.

Raphinha entrou bem no jogo, revelou-se um autêntico quebra-cabeças, criando desequilíbrios: aos 75’, a cruzamento de Bruno Fernandes, o extremo brasileiro cabeceou para grande defesa de Charles. Antes, já o Marítimo tinha criado soberana oportunidade, numa grande defesa de Renan a remate de Edgar Costa. Depois, Getterson não fez melhor na recarga.

O Sporting mostrou vontade na reta final, mas sem ideias para romper a defensiva do Marítimo. Na compensação, os ânimos exaltaram com a expulsão de Coates, por acumulação, num jogo que findou ainda com as expulsões de Keizer e Nélson Pereira no banco do leão. Zero golos e emoção de sobra no fim, com um ponto para cada lado.