Figura: Pedro Santos
Sentou no banco de suplentes o colombiano Pardo, que esteve apagado em Moreira de Cónegos, e justificou a aposta de Sérgio Conceição. O extremo baixinho e franzino, mas cheio de garra (até faz lembrar o técnico), foi o elemento mais esclarecido do ataque dos «Guerreiros do Minho» e desbloqueou o jogo, que estava, até então, complicado de desencalhar. Para além do golo apontado, importantíssimo para o resultado, o extremo de 26 anos mostrou ser uma aposta válida para o ataque bracarense.

Momento: pontapé soberbo na monotonia (minuto 33)
O encontro estava enfadonho, sem cor e sem grande futebol para se ver. O marasmo pairava entre algumas tentativas pálidas de abanar com o jogo. Depois de vários rasgos mais discretos e sem consequência, Pedro Santos deu um valente pontapé na monotonia com um golo de belo efeito. Diagonal velocíssima da direita para o centro do terreno e remate cruzado, em arco, para o fundo das redes. Vagner esticou-se e a grande estirada serviu apenas para dar mais brilho ao lance. Não havia hipóteses de parar o disparo de Pedro Santos. Teve o condão de aquecer um jogo que estava muito morno até então, sobrepondo-se por isso, à obra de arte de Éder.

OUTROS DESTAQUES:

Pedro Tiba
Veste literalmente a pele de «Guerreiro» e é esta postura que assume nos duelos do «miolo». O médio que chamou a atenção de Paulo Bento respira jovialidade e tem-se cotado como um dos principais elementos do Sp. Braga. Aos oito minutos, pôs as mãos de Vagner a arder e voltou a repeti-lo antes do intervalo. Para além de ser um elemento preponderante na manobra defensiva, é um importante auxílio (quase invisível) a Custódio para fechar o meio campo. E dá acutilância ofensiva. Um reforço, na verdadeira aceção da palavra, para o Sp. Braga.

Emídio Rafel
Não teve tarefa fácil, pois teve pela frente o irrequieto Pedro Santos, mas rubricou uma exibição positiva coroada com a autêntica bomba que ainda fez o Estoril sonhar com a saída da Pedreira com um ponto. O lateral canhoto apontou o primeiro golo da época ao Sp. Braga, fazendo Kritciuk ir pela primeira vez ao fundo das redes.

Éder
A noite era para grandes golos e o avançado não quis ficar atrás. Respondeu à letra a Pedro Santos e a Emídio Rafael fazendo os dois primeiros golos do encontro parecerem banais. O centro é de Baiano na direita, ao qual o internacional português respondeu com uma paragem com o peito direcionada desde logo para a baliza. Face à pressão de um adversário respondeu com um fulminante remate acrobático que tinha como destino as redes da baliza à guarda de Vagner.Foi um golo daqueles que vale a pena ver, rever e tornar a rever. Não cansa. Talento no seu estado mais puro.