Schumacher. O piloto? Não, o avançado da Académica. Ah, esse. Sim. Então não se chama Tiago? É verdade, mas, a fazer jus a uma das melhores tradições do futebol, este brasileiro tem um nome de guerra, alcunha, como lhe quiserem chamar. É por causa de gostar de Fórmula 1, gostar de acelerar ou, até, por destruir carros? Não. Não. E não.
 
A razão do nickname do corpulento ponta-de-lança da Briosa nem sequer vem do setor automobilístico. Aliás, até tem alguma proximidade com o desporto que começou a praticar ainda em pequeno (na idade). Quando era (ainda) mais loiro e, fator determinante, atuava entre os postes.
 
«Desde que eu entrei no futebol sempre me trataram assim», começou por desvendar, por fim, esta sexta-feira o avançado brasileiro em conferência de Imprensa, pois apesar dos pedidos de entrevista do Maisfutebol, só agora o jogador pôde falar para a imprensa. Para todos, por sinal.
 
«Aqui chamam de sobrenome [alcunha], dá-se um sobrenome aos jogadores desde pequenos. Ora, eu era guarda-redes, e, por ser bastante loiro, parecendo um alemão, o Schumacher veio por causa do [Harold] Tony Schumacher, que foi goleiro da Alemanha no Mundial de 1986, salvo o erro», prosseguiu. Outros tempos, outros ídolos.
 
O próprio acabou por mudar de posição em campo, passando para o extremo oposto. Perdeu-se alguma coisa? «As pessoas falavam que eu ia ser um excelente guarda-redes.  Agora só voltando no tempo para saber agora [risos]», atirou, bem-disposto. Uma conselho: não percam tempo à procura da média de golos/época que o camisola 9 da Académica apresenta no currículo... pode levar-vos dar-vos vontade de desafiar os limites da física quântica.
 
Está, pois, explicada a origem do sobrenome de Tiago Maier dos Santos. Assim, com o nome todo, para que não restem dúvidas. Nada de corridas, nada de curvas apertadas, de ultrapassagens a puxar pela adrenalina.

Afinal, Schumachers, pelo menos na Alemanha, há muitos.