A figura: Carlos Mané
Entrou ao intervalo para o lugar de Rosell (Marco Silva trocou o 4x3x3 pelo 4x2x3x1), e a diferença no rendimento do Sporting notou-se logo. Irreverente, o jovem avançado ficou a pedir uma grande penalidade logo ao minuto 47, em lance com Diego Galo. Não desanimou e continuo muito ativo, quer nas costas de Montero, quer nas alas. Recolheu os louros ao cair do pano, com um golo pleno de oportunismo. A reivindicar um lugar no «onze», mesmo que agora o plantel tenha também Nani.

O momento: balão de oxigénio ao cair do pano
O Sporting já tinha falhado uma grande penalidade por Nani e parecia condenado a somar novo empate, isto antes do dérbi, mas já em período de descontos o público leonino respirou de alívio. Carrillo amorteceu um cruzamento da esquerda e Tanaka atirou ao poste, mas depois apareceu Carlos Mané, no limite da pequena área, a reagir mais rápido do que toda a gente e a empurrar a bola para o fundo da baliza, assumindo o papel de herói.

Outros destaques:

Goicoechea
Só Carlos Mané o conseguiu bater, e mesmo ao cair do pano. O guarda-redes uruguaio já tinha estado em bom plano na ronda inaugural da Liga, e agora no exigente palco de Alvalade voltou a deixar excelentes indicações. Na primeira teve duas intervenções de grande nível a negar o golo a Montero, em lances de bola parada, mas o ponto alto da exibição surgiu na segunda parte, com uma espantosa defesa na grande penalidade de Nani. Não tem Y no nome e é uruguaio e não argentino, mas fez logo lembrar o Goycoechea do Mundial1990.

Nani
Esteve longe de ser a estreia desejada, mostrando-se algo ansioso perante a vontade de mostrar influência. Esteve sempre ativo, mas pouco inspirado no momento de definir as jogadas. Na primeira parte ainda assustou de livre direto, mas foi na segunda parte que subiu ligeiramente de rendimento, até que ao minuto 63 confirmou a tal vontade excessiva de desempenhar o papel principal do jogo. Assumiu a marcação da grande penalidade, quando o marcador habitual é Adrien, e acabou por ver Goicochea defender. Pouco depois foi substituído.

Jefferson
Nani e Carrilo bem tentaram agitar o jogo pelas alas, mas o principal extremo do Sporting foi Jefferson. A lateral pouco tempo «perdeu», aparecendo vezes sem conta em zonas adiantadas, embora o Sporting tenha sido incapaz de aproveitamento o imenso caudal ofensivo que teve pelos flancos. O lateral brasileiro destacou-se também nos lances de bola parada, como habitual, mas viu os colegas travados pela inspiração de Goicoechea.