Figura: Paulo Oliveira
Entrou em campo com o peso nos ombros de ser o líder da defesa dos leões, órfã da maior experiência de Maurício. O jovem, que os leões recrutaram em Guimarães, entrou concentrado e não caiu no engodo das constantes movimentações dos avançados do Benfica. Durante a partida foi corrigindo o posicionamento do seu parceiro de setor, formando uma parede eficaz à frente de Rui Patrício. Tirou o pão da boca a Lima quando o brasileiro já se preparava para visar a baliza.
 
Positivo: articulação defensiva
A juventude da defensiva leonina era o principal handicap perante avançados experientes como são Lima e Jonas. Os miúdos não tremeram e deram bem conta do recado. Prova disso é que quase permitiram nenhuma finalização aos homens mais adiantados das águias, proporcionando uma noite mais tranquila do que o esperado a Rui Patrício.
 
Negativo: André Carrillo
Havia que esperasse que o filão estivesse no flanco direito do Sporting, depositando esperanças que o peruano fizesse gato-sapato de Eliseu. Pois bem, o 18 dos leões não fez uso do seu reportório e só a espaços meteu a quinta velocidade. A equipa precisava dele, mas Carrillo não acompanhou as esperanças nele depositadas, sendo que o melhor foi uma cabeçada para defesa de Artur já na segunda parte. Acabaria por sair pouco depois.


  
OUTROS DESTAQUES:
 
Adrien Silva
O camisola 23 dos leões entrou com tudo para o dérbi eterno da cidade de Lisboa que aprendeu a viver durantes as longas temporadas em que defrontou os encarnados nas camadas jovens. Mordeu a língua a todos os duelos, recuperando um sem número de bolas, sendo dos primeiros a dar a palavra de ordem para pressionar à saída da área das águas. Não esteve tão disponível para o momento ofensivo, mas, ainda assim, destacou-se pela entrega que colocou em campo.
 
William Carvalho
Vestiu o papel de agente duplo na estratégia de Marco Silva para fazer frente ao campeão nacional. Ora de olho no segundo avançado encarnado, ora disponível para iniciar o processo ofensivo. Funcionou com uma espécie de farol à frente da defesa, principalmente quando a equipa não tinha a clarividência para procurar os melhores caminhos rumo ao meio campo adversário, eficaz nas variações de flancos, espaço dos leões são mais mortíferos.
 
Jefferson
O brasileiro tem um apetite tremendo pelo ataque e isso podia ser aproveitado por Toto Salvio. No entanto, o brasileiro guardou o argentino no bolso e, aí assim, pôde dedicar-se ao trabalho ofensivo. Tirou um punhado de cruzamentos, mas o seu melhor cliente, Slimani, não estava na área para corresponder. É seu o momento da noite, ao assinar aquele que podia ter sido o golo da vitória dos leões após uma defesa incompleta de Artur a remate de João Mário. Jefferson voltou a causar um amargo de boca ao Benfica, mas não foi suficiente para os leões guardarem os três pontos.