Na Vila das Aves as águias voltaram aos triunfos (1-3), mas apenas com um voo rasante e longe das altitudes conseguidas com as exibições de outrora. A dupla de avançados montada por Rui Vitória, Jonas e Seferovic, carimbou uma vitória competente e sem grandes aflorados com um bis de Jonas a partir da marca dos onze metros.

O conjunto encarnado abriu o ativo de grande penalidade, só assim foi possível ultrapassar Quim, e Seferovic confortou os encarnados no arranque da segunda metade, numa fase em que o Desp Aves ameaçava a baliza d Slivar, mas a equipa de Lito Vidigal ainda encurtou a margem, valendo novamente Jonas a ampliar a vantagem em mais um castigo máximo.

André Almeida, Jonas e Seferovic foram as novidades do Benfica no terreno do Aves. Rui Vitória prometeu a continuidade do jovem Svilar na baliza e cumpriu, as maiores novidades registaram-se no ataque e com direito a retorno para o técnico do Benfica. Foi precisamente a dupla a apontar os golos do triunfo.

Só de castigo máximo para ultrapassar Quim

Sem poder contar com Carlos Ponck e Salvador Agra, duas referências da equipa que não puderam ir a jogo por estarem emprestados pelo Benfica, foi Quim a assumir o papel principal na equipa avense. Com 41 anos, passando a ser o jogador mais velho a atuar na Liga, foi o guarda-redes a ir evitando o golo do Benfica.

A equipa de Rui Vitória entrou forte no encontro, disposta a esquecer a derrota diante do Manchester United, e criou várias situações de perigo. Quim ia chegando para manter as redes invioláveis com um número alargado de intervenções preponderantes nos muitos iniciais.

Em estreia no comando técnico do Aves no campeonato, Lito via a sua equipa sobreviver ao sufoco inicial e dar mostras de querer soltar-se das amarras. Subiam timidamente as hipóteses de sucesso da equipa da casa, talvez para mais dos dois por cento em que o treinador acreditava.

À passagem da meia hora um descuido de Washington, que foi imprudente junto à quina da sua área, derrubou Diogo Gonçalves. Num duelo com muita experiência Jonas conseguiu enganar Quim e adiantou os encarnados no marcador. Uma vantagem plenamente justificada.

Resposta avense com pontaria desafinada

Em desvantagem, a equipa da casa cresceu, deixou a vergonha de lado e seguiu a irreverência de Amilton, que quando pegava na bola explodia em direção à área contrária. Com o extremo brasileiro a assumir a batuta e a liderar a reação, faltou apenas critério na finalização ao conjunto da Vila das Aves.

Rúben Dias teve de dobrar Svilar em cima da linha de golo para evitar que Nildo chegasse ao empate, Vítor Gomes e uma vez mais Nildo estiveram na carreira de tiro, mas puxaram do gatilho de forma atabalhoada e perderam oportunidades soberanas para empatar ainda antes do período de descanso.

No arranque da segunda metade o Benfica chegou ao segundo num lance que começa com mais um remate de Jonas. Salvio ainda ficou com o esférico, desviou de Quim e Seferovic confirmou o segundo golo em cima da linha de golo.

Novo penálti tranquiliza

Esmoreceu a resposta do Aves, preparava-se para gerir o Benfica. Já com o vencedor praticamente definido, até porque o Aves acusou em demasia o segundo golo sofrido, A um quarto de hora do fim Defendi ainda ameaçou novamente. Cabeceamento do central na sequência de um pontapé de canto a reduzir a desvantagem, a perspetivar uma reta final complicada para o Benfica.

Valeu Jonas a bisar, fazendo o segundo da sua conta pessoal novamente de grande penalidade a punir um derrube de Gonçalo a Pizzi. Alheio às críticas dos avenses, que reclamavam falta junto à área de Jonas, o avançado brasileiro selou definitivamente o triunfo.

Segundo triunfo fora de portas do Benfica na Liga, com uma exibição de fato-de-macaco, sem brilho mas competente.