A figura: Enzo Pérez
O jogo com o Rio Ave pode ter marcado o regresso mais aguardado pelos adeptos do Benfica: Enzo Pérez. Depois de várias semanas «ausente» (o que neste caso nem implica propriamente jogar mal), o médio argentino fez a melhor exibição desde a Supertaça. O reencontro com o Rio Ave foi, por isso, o mote para uma exibição bem mais empolgante do que as últimas, já mais próxima do nível a que Enzo habituou a Luz. Enorme disponibilidade física, a «varrer» o meio-campo de uma lateral à outra, duas ou três arrancadas perigosas em direção à baliza contrária e também alguns cortes daqueles que arrancam aplausos das bancadas. Esteve mais em destaque na primeira parte, uma vez que no início da segunda parte passou para «6», mas mantendo o estatuto de melhor em campo.
 
O momento: o líder Talisca
Voltou a ser decisivo, com um fantástico pontapé de fora da área, colocado e potente, a dar a vitória do Benfica. Um tento que vale duas lideranças: a da equipa, na Liga, e a do próprio Talisca na lista de melhores marcadores, agora com oito tentos. Começou o jogo como médio esquerdo, e sentiu algumas dificuldades, mas com a passagem para a zona central subiu claramente de rendimento.
 
Outros destaques:

Cássio
Somou uma dezena de defesas, sensivelmente, e foi adiando o golo do Benfica o mais possível. Curiosamente a melhor intervenção foi a primeira, logo aos 16 minutos, e o árbitro não viu como tal. Desviou para cima um remate de Lima que ainda bateu na barra, mas Manuel Mota assinalou pontapé de baliza. Esteve em destaque sobretudo na primeira parte: a defesa a cabeceamento de Lisandro, na sequência de um pontapé de canto; o lance em que se antecipa a Jonas depois de um corte infeliz de Ukra e ainda uma defesa a remate colocado de Lima, de fora da área; entre outros. Apenas algumas das marcas de uma exibição bem positiva.
 
Jonas
Na estreia a titular na Liga não conseguiu marcar, mas deixou boas indicações. A jogar nas costas de Lima (mau momento de forma), o ex-Valencia mostrou inteligência nas movimentações entre linhas, funcionando como um apoio para as tabelas, tirando proveito também de uma qualidade técnica apurada. Desta vez não esteve tão feliz na finalização, mas justificou a titularidade.
 
Diego Lopes
Durante alguns anos foi a grande esperança da formação benfiquista, e em mais um reencontro com a antiga equipa mostrou-se particularmente inspirado. Foi o jovem médio brasileiro a conduzir as transições mais perigosas da equipa vila-condense, revelando ainda louvável disponibilidade para as tarefas defensivas.