O Marítimo regressou este domingo às vitórias na I Liga com um triunfo por 4-2 na receção ao Boavista, mantendo-se a equipa de José Gomes no 16.º lugar que havia sido tomado, provisoriamente, pelo Paços de Ferreira. Os madeirenses revelaram maior eficácia ofensiva ante um conjunto portuense que iniciou a partida sob o signo da apatia. Os nortenhos acordaram tarde, mas mesmo assim a tempo de contribuir para uma bela tarde de futebol.        

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O treinador do Marítimo esteve a pensar em mudar de sistema, mas optou por apenas mudar jogadores em relação ao último onze: quatro por opção técnica e uma forçada para colmatar a ausência do castigado René Santos.

Melhor entrada não podiam desejar as hostes maritimistas e Félix Correia. Em dia de estreia a titular, o extremo emprestado pela Juventus necessitou pouco menos de três minutos para desequilibrar e em grande estilo. Conduziu o esférico até à área, tirou Sasso do caminho e com espaço e tempo assistiu para a cabeça de André Vidigal, que só teve de encostar para o fundo das redes.

Aos 12, Félix Correia chegou um segundo atrasado para desviar de cabeça à boca a baliza, após um bom desvio do Mosquera no primeiro poste. Mas o extremo só tinha olhos para a baliza e tal foco veio a ser premiado aos 22 minutos, com o 2-0. Carné no início da jogada ao assistir Vidigal, que depois deixou em Xadas. O criativo viu Félix Correia em boa posição e o golo só tinha de acontecer. 

Petit mexeu pouco depois, desfazendo o sistema de três centrais, lançando Gorré por troca com Sasso, e a equipa axadrezada passou a dominar e criar muito perigo junto da baliza madeirense. Mas a vantagem madeirense manteve-se até ao intervalo, embora com alguma felicidade. Aos 39, Yusupha chegou atrasado para finalizar um lance bem trabalhado pela equipa, e já nos descontos rematou ao poste uma bola oferecida num erro de Vítor Costa. 

O Boavista regressou das cabines com a mesma toada, mas voltou a ser castigado pela eficácia madeirense. Cinco minutos depois do reatamento, Pablo Moreno recuperou a bola a meio campo, conduziu até perto da meia lua e desmarcou André Vidigal, que só com Bracali pela frente, não podia falhar.

Golaços de Salvador Agra e Bruno Lourenço reanimam jogo

Vidigal ficou muito perto do 4-0 seis minutos depois, após surgir novamente isolado, mas foi a equipa nortenha a conseguir marcar, aos 59, na sequência de um livre sobre a direita, Salvador Agra encheu o pé e disparou uma bomba indefensável para Marcelo Carné. 

O golaço espevitou o jogo. As substituições ainda ameaçaram baixar o ritmo, mas as duas equipas empenharam-se a fundo para dar mais golos num Caldeirão que contou com 9679 almas nas bancadas. 

Entre as melhores oportunidades para voltar a mexer com o marcador destacou-se um lance de Riascos, que só com Bracali pela frente, atirou à figura, aos 86, respondendo à ocasião criada por Yusupha, dois minutos antes, que atirou por cima da trave após enganar os centrais verde-rubros.

A emoção subiu de tom aos 88, quando Bruno Lourenço reduziu para 3-2, com um grande golo que entrou ao ângulo. A incerteza pairou em ambas as balizas, mas Riascos, aos 90+6, fixou o 4-2 para a equipa da casa. Triunfo importante para as aspirações madeirenses quanto à manutenção.