A figura: Miguel Rosa

Um grande jogo do camisola 7 do Belenenses. É certo que, em números que contribuíram para o marcador, ficou aquém de Deyverson, mas também é verdade que jogou mais do que o brasileiro. E dizer isso é dizer muito do extremo-esquerdo do Belenenses. Porque se Deyverson foi uma das figuras da partida, Rosa foi o melhor elemento. Pela esquerda, desequilibrou. Possante e sempre com olhos na área contrária, para além de contribuir com uma boa posse de bola dos lisboetas, Miguel Rosa foi quem levou a equipa para a frente, aquele que fez o Belenenses ganhar metros. Depois, fez a assistência para o golo de Deyverson e ainda tentou ele próprio marcar. Não foi feliz no remate, mas foi feliz em muita outra coisa, porque deixou várias vezes os defesas para trás, como, aliás, o fez no lance do 2-0. Também esteve no outro golo do Belenenses, é bom lembrar. Foi ele que levou a equipa para a frente mais uma vez e descobriu quem era o homem livre no ataque. Fredy fez o resto, é verdade, mas Miguel Rosa deu nova prova de que, para ele, nesta tarde, era mais importante a equipa do que contabilizar um golo ou outra qualquer assistência. Um dos útlimos lances que teve no jogo foi recuperar uma bola junto à área..de Matt Jones. Para concluir, só lhe faltou mesmo um golo.

O momento: minuto 70

O Nacional tinha reduzido e estava a ameaçar, mesmo com uma unidade a menos. Os adeptos do Belenenses ficaram impacientes e Lito Vidigal tentava mudar acontecimentos desde o banco. Já tinha lançado Fredy no jogo e foi o camisola 11 que num golaço acabou com a ambição madeirense e segurou os três pontos dos lisboetas.

Outros destaques

Deyverson

Fatal e decisivo. Quando se olha para ele parece um corpo estranho numa equipa agressiva, mas quando se analisa os duelos percebe-se que Deyverson é um dos seguidores da filosofia imposta por Lito Vidigal. Lutou que se fartou, saltou com centrais e médios [Aly Ghazal] que lhe são superiores em força e altura, pressionou-os sem bola. No resto, é bom lembrar, é ponta de lança. Na primeira ocasião, fez golo, num bom remate, a rodar o corpo, e a fazer a bola entrar com força. Na segunda, atirou-se para o golo, mas a bola saiu ao lado. inteligente, serviu Rodrigo Dantas para o 2-0, porque aquela era mesmo a melhor opção.

Rodrigo Dantas

Um dos responsáveis para a superioridade lisboeta. Com Danielsson e Bruno China formou um trio a meio-campo que soube retirar jogo ao adversário e, sobretudo pelos pés do brasileiro, ter bola. Rematou várias vezes e numa delas foi bastante feliz. Após um desvio num defesa, saiu para festejar o 2-0. Na segunda parte, pareceu ser o único dos médios a aguentar o ritmo da primeira parte.

Fredy

Entrou e resolveu. Marcou o golo mais bonito da tarde, mas mesmo que tivesse sido daqueles golos feio, o importante mesmo era que a bola tivesse entrado. O 3-1 do camisola 11 acabou com todas as dúvidas no jogo.

Marco Matias

Entrou aos 28 minutos e marcou o golo do Nacional de penálti. A equipa melhorou com ele na esquerda, porque deu muito mais linhas de passe aos médios e soltou-se mais do que Camacho.