O FC Porto defende que existiu «delito de intenção» do Sporting, relativamente à arbitragem, nos dias que antecederam o clássico da 23ª jornada. Os «dragões» entendem que houve coação do emblema leonino e do seu presidente, Bruno de Carvalho.

Na participação enviada à Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga, à qual a agência Lusa teve acesso, é referido um «ambiente de hostilidade, intimidação e maledicência que os denunciados vinham tendendo desde o início da época », e que «atingiu o seu zénite» antes da visita do FC Porto a Alvalade.

Os «dragões» fazem referência a uma «encenação mediático-intimidatória», composta pela conferência de imprensa em que Bruno de Carvalho apresentou uma contabilidade de erros de arbitragem, um texto publicado pelo líder leonino no «Facebook», e ainda a criação do «Movimento Basta».

«Esta ofensiva, já de si qualificável como violência moral, foi depois reforçada com uma ameaça, nunca antes vista no futebol nacional, de recorrer a ações litigiosas, visando árbitros, dirigentes da arbitragem, órgãos federativos, LPFP, etc, para que o Sporting fosse compensado por prejuízos sofridos por decisões de arbitragens em jogos passados. Ao fazer esta ameaça mesmo em cima do seu jogo com o FC Porto, o Sporting quis amedrontar a equipa de arbitragem que iria dirigir essa partida, criando, através da intimidação, um constrangimento à sua liberdade de decidir de acordo com a sua consciência», acusa a participação portista.

A SAD do FC Porto defende que isto consubstancia «uma infração disciplinar de coação», ao nível do «delito de intenção». «Não sendo necessário comprovar que os destinatários da violência se sentiram efetivamente condicionados e/ou que, fruto da violência, a arbitragem acabou por decorrer num contexto de anormalidade com influência no resultado», defende-se.

Perante estas acusações, os «dragões» entendem que o Sporting deve ser punido com derrota no clássico da 23ª jornada.