O Benfica anunciou um resultado líquido de 44,5 milhões de euros, no exercício 2016/17, numa apresentação que decorreu no Estádio da Luz.

É o maior lucro da história da SAD encarnada, cujo valor máximo era de 20,4 milhões em 2015/16. Ou seja, de um exercício para o outro, o Benfica teve um aumento de 118,4 por cento nos lucros. É também a quarta vez consecutiva que a SAD apresenta um resultado líquido positivo.

O relatório e contas revela ainda que o ativo aumentou e passivo reduziu. O primeiro subiu em 6,2 por cento (29,7 milhões de euros) e o segundo diminuiu 3,7 por cento (17,1 milhões de euros). O ativo da Benfica SAD é agora de 506,1 M€ e o passivo situa-se nos 438,3 M€. 

De acordo com a SAD da Luz, não existiram novos investimentos bancários e houve uma redução de 88,9 milhões de euros na dívida bancária, tendo esta sido sido parcialmente compensada pelo incremento do valor dos empréstimos obrigacionistas por subscrição pública em 59,3 milhões de euros.

O capital próprio sofreu uma melhoria de 46,8 milhões de euros, ou seja, situa-se nos 67,7.

Quanto aos rendimentos (sem venda de atletas), os encarnados comunicaram 128,2 M€. Houve uma diminuição de cachets (menos 2,8 M€) e dos prémios UEFA (menos 3,5 M€), mas um aumento no que diz respeito a receitas de televisão (5,3 M€), bilhetes de época (1,2 M€), bilheteira (0,7 M€), patrocínios (1,1 M€) e corporate (0,8 M€).

As águias comunicaram que bateram o recorde de receitas da SAD e grupo SLB.

Em 2015/16, a empresa teve 211 milhões de euros de receitas, neste exercício aumentaram para 253 M€ - ou seja, 123 milhões realizados com transferências de jogadores: Hélder Costa, Gonçalo Guedes, Ederson e Victor Lindelof, pois Mitroglou e Nélson Semedo entram apenas no exercício de 2017/18. No que respeita ao grupo SLB, foram comunicados 285 milhões de euros em relação aos 236 de 2015/16.

No comunicado enviado à CMVM, o Benfica refere que «o aumento relevante da rubrica de clientes no ativo, que está relacionado com as transações de atletas realizadas no final do exercício 2016/2017, permitirá a continuação da redução do passivo ao longo do exercício 2017/2018, uma vez concretizada a respetiva cobrança».