Marco Silva não se deixa abalar pelos golos sofridos, nem com os elogios da comunicação social. O Sporting está num bom momento, mas para o treinador pouco mudou nos últimos três meses. Para o treinador é natural que a equipa vá ganhando confiança com os bons resultados e que estes continuem a aparecer com mais confiança.


Os leões têm vindo a recuperar na classificação, mas nos últimos dois jogos consentiram seis golos, quatro na polémica derrota com o Schalke (3-4) e outros dois no triunfo sobre o Marítimo (4-2). «Temos conseguido dividir as situações. Mas não temos sofrido assim tantos golos. Sofremos dois golos pela primeira vez na Liga, ainda não tinha acontecido. No outro jogo, jogámos mais de uma hora com menos um jogador. No último, é uma realidade, sofremos dois, mas marcámos quatro. Quando sofremos um golo, não olho só para linha defensiva, há muitos aspetos que nos fazem ou não sofrer um golo. É algo que analisamos», comentou.


A verdade é que os leões estão a jogar um futebol vistoso e, tirando o jogo com o Chelsea, marcaram golos em todos os jogos. «Preocupo-me com o que podemos fazer, sabendo que jogando melhor estaremos mais perto do que queremos. Mas isto faz parte de um todo, é um comportamento que queremos para a nossa equipa, mas não vou estar a avaliar aquilo que é o nosso jogo. Estamos satisfeitos com o caminho, mas há aspetos a melhorar e são bastantes. É esta a mensagem que passo aos jogadores e é assim que quero estar até ao fim», prosseguiu.


Depois de um início de temporada algo irregular, a crítica na comunicação social está agora bem mais positiva, mas para Marco Silva nada mudou. «Para todos os profissionais é muito melhor perceber que há elogios do que o contrário. Sabemos que no futebol tudo muda de um momento para o outro. Lido da mesma forma com essa questão como lidava há dois ou três meses. É sinal que o trabalho está a ser bem feito, mas tudo pode mudar. Não podemos seguir o nosso caminho e guiar o nosso trabalho por questões que vêm de fora. Sabemos que cada jogo será um desafio e não podemos facilitar em nada», destacou ainda.