Figura: Viktor Gyökeres está de volta

Está quebrado o jejum de Viktor Gyokeres e logo com dose dupla. O sueco já não marcava há cinco jogos, desde que tinha marcado ao Boavista. Em Barcelos ficou frustrado com um golo que foi atribuído ao guarda-redes contrário, mas esta noite voltou a sorrir. Esteve sempre muito combativo, a provocar desequilíbrios na defesa minhota, com as suas arrancadas características, mas foi com os golos que deixou a sua marca forte neste jogo, até porque foram marcados em alturas cruciais do jogo. O primeiro a fechar a primeira parte, com Pote e Trincão, ao primeiro toque, a deixarem a bola à disposição do poderoso remate do sueco. O segundo, logo a abrir a segunda parte, foi ainda mais fácil, com Pote e Trincão a construírem para o goleador encostar. Dois golos que permitem a Gyokeres chegar aos 24 golos na Liga e aos 38 em todas as competições.

Momento: terceiro golo a abrir a segunda parte

O Sporting tinha duplicado a vantagem no último lance da primeira parte, mas foi com o terceiro golo, a abrir a segunda parte, que os leões mataram definitivamente o jogo. Mais um grande lance da equipa de Ruben Amorim, com Pedro Gonçalves a picar a bola para a área, para Trincão, com uma grande receção, com a ponta da bola, a fazer magia, antes de entregar o golo de bandeja a Gyökeres. O estádio quase veio abaixo, com os adeptos todos de pé a pedir o título.

Outros destaques:

Pote

Mais um grande jogo de Pedro Gonçalves que, além de ter aberto o marcador, deixou ainda a sua marca nos outros dois que se seguiram. Jogou descaído sobre a esquerda, mas rapidamente procurou terrenos mais interiores, face às subidas constantes de Nuno Santos e também de Daniel Bragança que caiu também muitas vezes no corredor. Teve alguma fortuna no ressalto que lhe proporcionou o primeiro golo, mas já teve arte na colaboração do segundo e, sobretudo, no terceiro, pela forma como picou a bola sobre a defesa minhota. Uma exibição em cheio.

Trincão

Está em grande forma e esta noite voltou a dar conta disso mesmo, com natural destaque para aquela receção no terceiro golo, com a ponta da bota, num lance em que recolheu a bola, ajeitou-a no relvado, antes de servir Gyokeres. Mas Trincão foi muito mais do isso. Fartou-se de provocar desequilíbrios, com constantes arrancadas, com a bola nos pés. Um terror para os defesas do Vitória.

Geny

O Sporting atacou preferencialmente pela esquerda ao longo do jogo, mas foi pela direita e pelos pés de Geny Catamo que os leões conseguiram desbloquear o marcador. O internacional moçambicano já tinha estado perto de marcar um golo muito parecido àquela que marcou no dérbi com o Benfica, ao receber uma bola da esquerda, para depois tirar dois adversários do caminho e fuzilar a baliza de Bruno Varela, mas Borevkovic salvou sobre a linha de golo. Logo a seguir, foi dos pés de Geny que a bola chegou à área para o primeiro golo de Gyokeres.

Gonçalo Inácio

O jogo do Sporting passou esta noite muito pelos pés dos centrais, particularmente de Gonçalo Inácio que, com pontapés bem medidos, permitiu aos leões ultrapassar a linha de bloqueio montada por Álvaro Pacheco e, assim, chegar à frente de ataque em dois tempos. O jovem central começou cedo a testar os pontapés longos, primeiro para Nuno Santos, depois para Pote, em lances que proporcionaram as primeiras ocasiões do jogo. 

Borevkovic

Foi um verdadeiro bombeiro na primeira meia-hora de jogo, aparecendo em todos os setores da área com cortes cruciais, um deles mesmo sobre a linha de golo, já com Bruno Varela batido, a negar um golo feito a Geny Catamo. Teve uma falha no lance do segundo golos dos leões, mas depois voltou a um nível alto, com muito trabalho até ao final do jogo.