O V. Guimarães escorregou no relvado encharcado das Aves num duelo da Estrada Nacional 105 regado com muita chuva. Jogo incaracterístico em que o resultado final ficou selado ainda na primeira metade com Baldé a anular a vantagem construída por Alexandre Guedes (1-1).

Depois de quatro triunfos consecutivos, o V. Guimarães voltou a ceder pontos, num jogo mais gladiado de forma musculada do que decidido com recurso à técnica.Como naturalmente se percebe as condições climatéricas tiveram um peso determinante no desenrolar do jogo, descaracterizando-o por completo. Terreno pesado, dificuldade para o esférico circular em determinadas zonas e velocidade acrescida noutras e chuva constante a tornar árdua a tarefa de construir jogo.

Adaptou-se mais rápido o Aves, com vários lançamentos longos para a área, muito músculo nos duelos e facilidade em jogar longo. Antítese para o Vitória, que viu o seu estilo de jogo completamente condicionado em virtude das circunstâncias.

Ainda assim, ultrapassada a adaptação inicial os vimaranenses tomaram conta do jogo, foram mais acutilantes e chegaram ao golo quando estava decorrido um quarto de hora. Passe de Mattheus na direita, Guedes faz um primeiro remate mas vê André Ferreira defender com dificuldade e apenas na recarga o avançado conseguiu abanar umas redes que tão bem conhece.

Um golo que tranquilizou a equipa de Luís Castro, partindo para o domínio quase completo do jogo, com processos rápidos e simples na circulação do esférico. Quase porque a dez minutos do intervalo, quando pouco o fazia prever, num desentendimento entre Sacko e Douglas o extremo Mama Baldé aproveitou o lançamento de Nildo e desviou a bola para a baliza.

O empate teve o condão de reavivar os avenses para a reta final do segundo tempo, acabaram por cima e voltaram a entrar melhor na segunda metade com a força do vento a servir de suporte ao maior ímpeto avense.

Muita força do Aves com uma crença enorme a dominar também quase por completo a segunda metade do encontro. Em muito pesou o vento, beneficiando o futebol mais direto da turma de José Mota.

Ainda assim, pertenceu ao V. Guimarães o lance de maior perigo do encontro, já perto do final, quando Tozé atirou ao travessão da baliza do Aves. O remate surge na sequência de um livre direto em que os vimaranenses pediram grande penalidade sobre Welthon e que o próprio Carlos Xistra teve dúvidas, uma vez que recorreu às imagens do VAR.

Num jogo demasiado condicionado, sobra um ponto para cada lado. O Aves consegue pela primeira vez na sua história conquistar pontos frente aos vimaranenses.