Declarações de Miguel Pinto Lisboa, presidente do V. Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (1-2) frente ao FC Porto. O líder do V. Guimarães falou sobre o caso que marcou o jogo:

«O Vitória é um clube que tem nas suas cores o preto e o branco porque na sua génese decidiu-se pela igualdade de raças e credos. Na entrada do estádio existe uma frase alusiva a isso mesmo. Temos jogadores de todas as cores, raças e credos, promovemos a igualdade de género e raça. Não nos revemos em comportamentos que possam ferir essa igualdade. Se algum adepto teve esse comportamento vamos tomar as medidas correspondentes. Parecemos que houve comportamentos provocatórios de profissionais de futebol que quiseram incendiar o espetáculo».

[Apercebeu-se dos insultos racistas?] «Não me apercebi, apercebi-me de uma atitude provocatória de um atleta. O estádio tem câmaras e se houve alguma atitude iremos agir».

[Caso inédito] «O caso não inédito porque este atleta já foi atleta do Vitória e já teve aqui neste estádio uma situação semelhante. O atleta em questão tem o seu perfil, mas isso não retira nada ao que é o comportamento base. Se alguém agiu dessa forma não nos revemos nisso e condenamos. Essa é a postura oficial do clube».

[Árbitro devia ter interrompido o jogo?] «O árbitro interrompeu o jogo pelo tempo que achou ser necessário. Vi um atleta com determinada atitude que incendiou a bancada. Se o árbitro viu tinha de parar o jogo».

[Arremesso de cadeiras] «Esses incidentes não acontecem só no estádio do Vitória, como se quer fazer parecer, mas sim em todos os estádios. Temos de trabalhar em conjunto, nós clubes, com a administração interna para que o futebol seja um espetáculo como sempre foi. Tivemos uma assistência interessante, contra um grande, mas longe da lotação esgotada. Temos todos, agendes desportivos, de trabalhar em conjunto para ter menos incidentes.