Paulo Fonseca assume ter recebido alguns convites na época passada, mas mostra-se feliz no Shakhtar, clube que só admite trocar se for para continuar a lutar por troféus.

«Realmente houve convites durante esta época que passou. Mas para trocar o Shakhtar tem de ser por um clube que me permita lutar por títulos. Não vou trocar o Shakhtar por um clube que lute para não descer de divisão, independentemente de ser noutro campeonato. E foi isso que me levou a continuar no Shakhtar. Não tenho dúvidas que isso mais tarde ou mais cedo vai acontecer, essa mudança. E eu, como sou ambicioso, ambiciono chegar a um desses grandes clubes europeus», disse o técnico português, em entrevista à agência Lusa.

«Estou num grande clube europeu. Os resultados têm vindo a confirmar isso mesmo, que hoje estou mais preparado para esses desafios. O Shakhtar é um clube de referência na Europa e os resultados têm vindo a confirmar isso», acrescentou.

Um eventual regresso a Portugal parece, para já, descartado.

«Tenho de confessar isso, mas nunca podemos dizer nunca. Não está no meu horizonte regressar brevemente a Portugal. Sinto-me muito mais valorizado no estrangeiro, muito mais motivado no estrangeiro. Agora não quer dizer que isso não possa acontecer, mas acredito que a breve prazo não», afirmou.

Relativamente à passagem pelo FC Porto, Paulo Fonseca reconheceu uma vez que mais que «não foi o momento ideal, mas foi um momento de grande aprendizagem que está a servir nos dias de hoje».

O treinador do Shakhtar defendeu ainda que «é possível» o Sp. Braga lutar pelo título, mas considerou também que «não é justo criar essa pressão no treinador e na equipa».

«Eu acreditar, acredito, até pela ambição do seu presidente, pela qualidade do seu treinador e do seu plantel. Penso que é possível. Mas as pessoas têm de perceber que é uma luta desigual. O investimento feito pelos três grandes e o investimento feito pelo Braga não é o mesmo. Mas podem dizer que em Inglaterra houve um campeão sem um investimento tão grande...Pode acontecer e acredito que pode acontecer. Não é uma luta igual», referiu.

Paulo Fonseca saiu também em defesa de Facundo Ferreyra, avançado que orientou no Shakhtar, mas que não tem sido muito feliz nos primeiros tempos ao serviço do Benfica.

«É uma questão de adaptação. Também à forma como o Benfica joga, às características do Facundo. Não há dúvidas em relação ao valor de um jogador que faz 30 golos, não há dúvidas quanto à qualidade de um jogador que faz a Liga dos Campeões que fez no ano passado. Acredito que seja uma questão de tempo, para se adaptar à equipa e a equipa se adaptar a ele», defendeu.