(artigo atualizado)
Olhos postos em Verona, onde Cristiano Ronaldo cumpria o dia 1 oficial da nova vida em terras transalpinas. O avançado português ficou em branco mas teve motivos para celebrar depois de um jogo em que o espectro da derrota para a poderosíssima Vecchia Signora chegou a pairar sobre o Marcantonio Bentegodi, casa do Chievo.
A heptacampeã italiana precisou de suar as estopinhas para garantir os três pontos no arraque da Serie A já para lá dos 90 minutos, altura em que Bernardeschi empurrou (3-2) para o fundo das redes instantes depois de o VAR ter anulado um golo à equipa orientada por Massimiliano Allegri por falta de Cristiano Ronaldo.
A Juventus entrou dominadora no jogo e adiantou-se no marcador aos 3 minutos, quando o alemão Khedira rematou forte de pé esquerdo na sequência de uma bola parada.
Durante largos minutos, a Vecchia Signora aparentou ter o jogo nas mãos. Teve, até, várias oportunidades para construir um resultado mais confortável, mas as tentativas esbarraram ora na inspiração de Sorrentino, ora na falta de acerto dos avançados. Já depois de João Cancelo – também ele titular – ter falhado o desvio à boca da baliza, num lance em que pediu grande penalidade, Ronaldo esteve perto de associar à estreia como bianconero um golo, mas atirou a rasar o poste direito da baliza de Sorrentino.
O experiente guarda-redes de 39 anos ameaçou tornar-se na grande figura do jogo. Travou um duelo interessantíssimo com Cristiano Ronaldo, vencendo quase todas as batalhas travadas com o internacional português e companheiros, que se intensificaram na etapa complementar.
Pelo meio, numa das poucas ocasiões em que conseguiu chegar ao último terço nos primeiros 45 minutos, a equipa da casa empatou num desvio de cabeça de Stepinski aos 39 minutos.
O Chievo assinou mesmo a reviravolta nos primeiros minutos da etapa complementar. João Cancelo, também ele em estreia oficial pela Vecchia Signora, derrubou na área Giaccherini, que não desperdiçou da marca dos onze metros.
Desde 1998 que a Juventus não sofria mais do que um golo na jornada inaugural da Serie A e Ronaldo e companhia não tinham, a partir daí, outro remédio que não apertar definitivamente o cerco à área da equipa da casa.
Foi meia-hora final de asfixia e com Cristiano Ronaldo a cheirar o golo um par de vezes. Sorrentino tinha asas para quase tudo, menos para suster a traição de Bani, que marcou na própria baliza aos 74 minutos, pouco antes do avançado português ter ficado perto da reviravolta na cobrança de um livre direto.
A última cartada parecia ter sido jogada perto dos 90 minutos, quando o árbitro anulou um golo a Mandzukic depois de descortinar uma mão na bola de Cristiano Ronaldo – num lance em que Sorrentini teve de sair lesionado – mas o campeão italiano ainda tinha mais uma na manga e resgatou os três pontos por Bernardeschi, que evitou uma entrada em falso num dia em que a Serie A deu as boas-vindas o Bola de Ouro.
