A partir de Janeiro, Mariano Barreto estará de corpo e alma no Kuban Krasnodar. E, se depender da vontade do técnico, «com um ou dois jogadores portugueses». «Tenho-me batido sempre pelos jogadores portugueses, embora tenha a consciência de que na Rússia devo defender também os jogadores russos, como defendi no Chipre os jogadores cipriotas, por exemplo.»
Mariano Barreto parte com ambições para este novo projecto, mas não vai pedir loucuras à direcção do emblema de Krasnodar. «Não sou treinador para chegar a um clube e pedir dez novos jogadores. Prefiro aproveitar a matéria-prima que encontro e retirar dela tudo o que puder.»
Em Portugal, como confessa ao Maisfutebol, é que as portas se parecem ter fechado ao seu trabalho. «Tive alguns convites indirectos nos últimos meses, mas nunca se confirmaram. Acreditei neles, deram-me algumas garantias, mas a verdade é que perdi a oportunidade de ir para outros projectos por estar à espera de trabalhar em Portugal. Poderia ter ido para a Tunísia ou para China.»
As críticas à realidade do futebol português são muitas e Mariano Barreto lamenta que não haja a liberdade de expressão que dizem haver. «Sou uma pessoa frontal e isso não costuma agradar. Mas tenho obra feita. Nunca desci nenhum clube e formei muitos jogadores. Fui eu que quis levar o Daniel Carriço para o Chipre, pois ele nem jogava no Olhanense. Hoje em dia é titular do Sporting», desabafou o técnico que está novamente de partida para a Rússia.