Estádio de Alvalade, minuto 55

Poucas vezes nos últimos anos se teria visto um FC Porto tão claramente dominado como naquela primeira parte. A vantagem do Sporting no clássico, ao intervalo, parecia escassa para uma supremacia tão flagrante, em especial nos primeiros 25 minutos. Mas o descanso trouxe sinais de mudança, com as entradas de Oliver e Tello a injetarem sangue novo para o dragão. Pouco antes, aos 48 minutos, Jackson surgira na cara de Patrício, obrigando o guarda-redes dos leões a mostrar o melhor de si mesmo para lhe ganhar o um para um.

Mas aos 55 minutos, o novo dragão voltou a encontrar uma brecha na defesa leonina: Jonathan saiu na pressão sobre Tello, e ninguém acompanhou a entrada de Danilo na direita. O lateral levantou a cabeça e procurou Jackson na área. Sarr percebeu, e posicionou-se de modo a cortar a linha de passe. Mas se o movimento foi correto, o gesto foi mau: a forma como pôs o pé esquerdo à bola fê-la desviar-se na direção da baliza de Patrício, sem hipótese para o guarda-redes. Pela segunda vez em nove dias, uma infelicidade do jovem defesa francês fazia com que a sua equipa deixasse fugir uma situação de vantagem, num jogo importante. Tal como na Eslovénia, já não haveria retorno.