Manuel Machado, treinador do Moreirense, depois do empate diante do Vitória (1-1), no Estádio do Bonfim, em jogo da 1ª jornada da Liga 2017/18:

[Empate sabe a pouco?]

O ponto não corresponde ao rendimento das equipas, ainda para mais em início de temporada. Quanto aquilo que foi o jogo, teve dois períodos distintos. Uma primeira meia hora em que temos de reconhecer que o Vitória esteve melhor, com melhor ligação entre os sectores e acabou por chegar ao golo, colando justiça ao melhor desempenho. A partir daí, o jogo ficou diferente. A entrada do Cádiz deixou a equipa mais comprida. Nos últimos quinze minutos da primeira parte já se notou. Depois a entrada de Peña deu ainda mais peso ao ataque, numa segunda parte em que praticamente jogámos em sentido único. O Vitória fez um contra-ataque, mas se analisarmos as oportunidades, tivemos mais e mais complicadas de resolver. Em resumo, foi meia hora para o Vitória, uma hora para o Moreirense, um ponto para cada lado. Apesar de tudo, parece-me que é um ponto positivo para as nossas cores.

[Como explica as substituições? Uma na primeira parte, outra ao intervalo e outra já perto do fim?]

- Tudo o que fizemos foi para acrescentar futebol ofensivo, privilegiando o jogo e o espetáculo diante de um resultado que nos penalizava. Não temos de esperar pelo intervalo, coincidiu com uma lesão com alguma gravidade do nosso jogador Fati num lance em que nem houve sanção. Foi minha maneira de olhar para este jogo especificamente. Temos de fazer uma gestão dos 90 minutos, dependendo daquilo que o jogo vai pedindo, independentemente do cronómetro.

[Interrupções na segunda parte]

- Aquilo a que assisti no término da época anterior ao nível do antijogo foi uma coisa penosa, nomeadamente da parte dos guarda-redes. Quebras de jogo, quebras de jogo e mais quebras de jogo. Hoje já pude aqui vislumbrar aqui o prolongamento disso. Citando Jorge Jesus, o fair-play é uma treta. Não queremos assumir esta afirmação, mas com o decorrer dos jogos, obriga-me a subscrever. Quem gere esta competição tem de arranjar antídotos para esta situação, até por aqueles que pagam bilhete de jogo. O meu contributo é que não vou mais devolver a bola em situação nenhuma em que um adversário precise de assistência. E também não quero que ma devolvam.