Sven-Goran Eriksson ainda é o homem certo para falar sobre a seleção inglesa. Orientou-a durante seis anos e acabou por sair em 2006, muito criticado pela falta de títulos.

Agora, com a Inglaterra eliminada do Mundial à segunda jornada, é o emprego de Roy Hodgson que está em causa. «Tenho a certeza que, se tivesse sido eu, tinha sido logo despedido. Se ele fosse estrangeiro, tinha sido despedido», afirmou Eriksson, em entrevista ao «Telegraph».

O sueco de 66 anos, que está a treinar o Guangzhou R&F, da China, admite que estaria disponível a regressar, se esse fosse o desejo da federação inglesa. «Mas isso não vai acontecer», garante.

«Se não me querem de volta, fiquem com o Hodgson. Ele é bom». Ironia? Talvez. O certo é que em Inglaterra ainda há quem se agarre às boas exibições da equipa nas duas derrotas neste Mundial para defender a manutenção de Roy Hodgson no cargo.

«Não percebo por que estão tão baixas as expectativas. Nos três torneios que estive com a equipa, ou tinha de ir à final ou à meia-final, não havia discussão. Quando chegámos aos quartos de final, não foi suficiente. Hoje parece que seria ótimo fazerem isso», reforçou.

Eriksson não acredita que o nível de qualidade dos jogadores ingleses seja hoje menor: «Penso que as coisas não mudaram muito. A Inglaterra continua a ter uma equipa muito boa. Não acho que o resto do mundo esteja muito melhor do que a Inglaterra».

Questionado sobre se os resultados da atual seleção vão mostrar aos adeptos ingleses que não estavam mal servidos com ele, Eriksson respondeu: «Obrigado! Não sei se alguém pensará assim, mas obrigado na mesma».