* Enviado-Especial ao Mundial do Brasil

Bastian Schweinsteiger foi a peça que chegou a meio da primeira fase para completar o puzzle alemão. Recuperado da lesão que o deixou fora de competição no final da temporada, o médio chegou e assumiu-se como a referência mais recuada do meio-campo, devolvendo Lahm ao seu papel original de lateral.

À porta dos 30 anos, Schweinsteiger é uma das grandes referências de uma seleção que, de 2006 para cá, se tem firmado como a mais consistente no panorama internacional. Mas falta um título internacional à geração dourada do futebol alemão.

Caso este chegue domingo, no Maracanã, haverá legitimidade para se falar na melhor geração alemã de sempre? O médio do Bayern de Munique admite essa possibilidade: «Ainda nos falta um título de seleções. De 2006 para cá chegámos sempre às meias-finais, perdemos uma final com Espanha, e falhámos na penúltima barreira mais vezes. Mas olho para esta equipa e vejo-a muito sólida. Tenho um bom feeling para amanhã, mas temos de mostrar aquilo de que somos capazes», reconheceu.

Confirmando que a equipa está na máxima força para o jogo de domingo, Schweinsteiger mostrou-se preocupado em pôr gelo numa eventual euforia após a goleada histórica ao Brasil: «No dia seguinte à vitória tentámos pôr esse jogo no seu contexto, com as ausências de Neymar e Thiago Silva e a pressão que influenciou os jogadores do Brasil. Não é um registo normal, mas sabemos que jogamos bem, estamos em boas condições de fazê-lo e, se cumprirmos o nosso potencial, temos boas hipóteses de ganhar», reconheceu.

O jogador subinhou que a atual seleção alemã estará, talvez, no ponto ideal da maturidade, mantendo um grupo consistente há varios anos: «Temos muitos jogadores que já estiveram no Mundial de 2010, mas são mais experientes. Desde 2006 temos atingido sempre as meias-finais, no mínimo, e os jogadores habituaram-se a jogos ao mais alto nível nos seus clubes, como se viu na final de Liga dos Campeões do ano passado. São dez anos de progresso, temperados pelas habituais virtudes alemãs», resumiu.