O selecionador dos Países Baixos, Louis van Gaal, considera que os adeptos «têm razão» se decidirem boicotar o Mundial 2022, como forma de protesto contra as violações dos direitos humanos no Qatar.

«Penso que têm razão se o fizerem, porque têm as suas convicções e, se o fizerem, isso não constituirá um problema», observou o técnico de 71 anos, esta quarta-feira.

O selecionador neerlandês foi um dos críticos da atribuição da organização do Mundial ao Qatar, qualificando-a de «ridícula» e acusando a FIFA de agir com base em «motivações financeiras e comerciais».

«Mas esperamos jogar de maneira tão fantástica até ao fim do torneio que, quando disputarmos a final, eles [adeptos] estejam presentes, para verem o quanto nós somos bons», brincou.

 

Uma delegação de trabalhadores migrantes que construíram as infraestruturas do torneio deverá ser recebida na quinta-feira no centro de estágio dos Países Baixos, que se junta às denúncias de violações dos direitos humanos no Qatar aos Estados Unidos, Dinamarca, Austrália e, mais recentemente, França.