As relações entre o Brasil e a FIFA no âmbito da organização do Campeonato do Mundo de 2014 continuam tensas, para não dizer azedas. O Governo brasileiro não gostou das críticas dirigidas pelo secretário-geral Jérôme Valcke e anunciou que, a partir de agora, rejeita o dirigente francês como «interlocutor». O responsável da FIFA diz que se trata de uma reação «infantil».

As relações já não eram cordiais, mas ganharam novos contornos na passada sexta-feira quando Jérôme Valcke disse que o Brasil precisava de «um pontapé no rabo» para acelerar as obras nos estádios. O Governo de Dilma Rousseff reagiu através de Aldo Rebelo, ministro dos Desportos, que considerou a expressão «imprópria, ofensiva e inaceitável», antes de anunciar que vai comunicar à FIFA que não aceita Valke como interlocutor.

O dirigente da FIFA, que devia regressar ao Brasil no próximo dia 12, considerou, entretanto, que a reação do Governo brasileiro foi «infantil». «Se, por isso, não querem falar mais comigo, que não devo ser a pessoa com quem querem trabalhar, acho que é um pouco infantil», referiu o dirigente da FIFA que estava encarregue de supervisionar os preparativos para o Mundial-2014.